X

Preparador físico explica a semelhança entre Djokovic e Sinner

Quarta, 26 de março 2025 às 18:12:02 AMT

Link Curto:

Tênis Profissional

O preparador físico italiano Marco Panichi, que trabalhou na equipe de Novak Djokovic e atualmente cuida de Jannik Sinner, concedeu entrevista ao podcast da influencer italiana Virginia Gambardella e falou sobre sua trajetória e sobre seus atletas.



Entre em nosso Canal no Whatsapp

Por se tratar de um podcast com público amplo, Panichi explicou um pouco sobre sua atividade profissional, as especificações físicas que o tênis exige e de como se apaixonou pelo esporte ao ver Antonio Panatta defendendo a Itália na Copa Davis em um duelo contra o Chile nos anos 1960.

No descorrer da conversa conversou sobre os atletas. Ao ser questionado sobre Djokovic, especificamente. Gambarella afirma  que o sérvio é reconhecido como 'um atleta com talento, mas muito obcecado pela vitória e por isso muito dedicado' e questionou o que faz um grande campeão.

"Então, é claro que a 'herança genética' é de grande importância neste novo século, por que quando falamos de talento - que é a capacidade de fazer algumas coisas com facilidade, sem ficar brigando muito por aquilo, uma pré-disposição natural.  Eu já vi muitíssimos jogadores que têm a pré-disposição natural, mas não foram todos que eu vi se tornarem um jogador de sucesso", declarou o preparador físico que foi questionado sobre a razão desta afirmação.

"Porque é um mix (talento, trabalho árduo e genética) disso tudo que faz um verdadeiro campeão. Uma caracterísitica que se pode adicionar é, por exemplo a disciplina, o trabalhar duro. Porque isso inclui um componente de sucesso na sua mentalidade porque você se foca e mantém esse foco", completou destacando que conheceu muitos jogadores de extremo talento, que não possuíam esse componente de foco e dedicação nos treinos.

"Eu já vi gente muitíssimo talentosa no tênis que ficou muito distante do sucesso, como vi gente muito bem dotada desta parte física e que devia muito na parte técnica. Quando eu digo dotada fisicamente, estou falando deste aspecto de foco mental. Se um jogador é este dotado fisicamente é mais fácil que ele tenha sucesso em se melhorar tecnicamente", ressaltou apontando que é uma generalização.

Questionado sobre como definia Djokovic, Panichi destacou que os componentes que fazem um bom jogador não se separa: "Quando eu vi Djokovic jogando com uns 13 anos, ele era bom, mas nada demais. Não era como um (Richard) Gasquet. O talento de Djokovic era essa obsessão sana de se melhorar como jogador. Novak era alguém que vive para o tênis 24 horas por dia, não era apenas quando estava sendo visto, mas é assim também quando está em casa. A mentalidade dele era tão assim, que as vezes ele via algo, descobri outra coisa, ele mandava mensagem, ligava, as vezes no meio da noite: 'Marco, vamos olhar isso'. E era sobre tudo: alimentação, forma de descansar e de se recuperar", contou.

"E Jannik é exatamente o mesmo, embora de uma maneira diferente, mas ele é alguém que vive para e pelo tênis", ressalta e segue: É impossível você olhar para uma pessoa como Nadal e dizer: 'Ele não tem talento'. Olha, Nadal é um cara capaz de lutar até o último ponto num jogo de 4 ou 5 horas, por este aspecto de força mental".

Mais adiante, Panichi estaca: "Jannik é competitivo até nos treinos. Ele se diverte assim. Grandes campeões são assim: pessoas que se divertem fazendo o que fazem. Por trás de tudo isso, há sempre o prazer de competir".



Crédito: Miami Open

teninews.com.br
br.jooble.org