CEO da PTPA diz que Sinner foi tratado injustamente por 'cartel do tênis'

O CEO da PTPA (Associação dos Atletas Profissionais de Tênis), Ahmad Nassar concedeu entrevista ao site italiano UbiTennis, na qual defendeu que o número 1 do mundo, o italiano Jannik Sinner, foi vítima do sistema antidoping.

"Não houve nenhuma investigação que se arrastou por mais de um ano sobre um jogador proeminente que não havia vocalizado nenhum problema com o cartel", diz Nassar chamando os órgãos que administram o tênis ITF (Federação Internacional), ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e o órgão independente do tênis que administra programa anticorrupção e antidoping, ITIA (Agência de Integridade) de 'cartel'.

“Fui consistente e claro no caso de Jannik. Ele foi tratado injustamente por um programa antidoping descontrolado, ilegal e inadequado”, segue Nassar.

“Ao mesmo tempo, outros apontaram que ele parece ter sido tratado menos injustamente do que muitos outros jogadores", alerta considerando a queixa de diversos jogadores profissionais sobre o caso, já que Sinner foi considerado inocente em julgamento da ITIA, mas agora cumpre três meses de suspensão após recurso apresentado pela Agência Mundial Antidoping (WADA) à Corte Arbitral do Esporte (CAS).

“A solução aqui não é tratá-lo mais injustamente, em linha com outros jogadores. Nem a solução é tratar outros jogadores tão injustamente quanto Jannik. Nossa solução é tratar todos os jogadores de forma justa!", protesta Nassar.

“Se alguém não tem culpa, conforme julgado pela ITIA e pela WADA, como é possível que o caso ainda tenha levado quase um ano para ser resolvido e ainda tenha resultado em uma suspensão de três meses que ainda está sendo cumprida enquanto falamos? O sistema não está funcionando e deve mudar", finaliza.

O caso de Sinner é um dos presentes nas mais de 148 páginas do processo movido pela PTPA na justiça comum europeia contra os órgãos que administram o tênis profissional: ITF, ATP e WTA.