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Del Potro lembra de Guga e comenta quebra de barreira de Fonseca

Sexta, 21 de fevereiro 2025 às 16:17:04 AMT

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Tênis Profissional

Por Fabrizio Gallas - Juan Martin Del Potro, último grande ícone do tênis sul-americano, que se aposentou recentemente, enalteceu a qualidade de João Fonseca, pregou paciência com o tenista e fez um comparativo de quebra de barreira.



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O ex-tenista, campeão do US Open de 2009, mencionou sua última vez na capital carioca, em 2016, quando foi medalhista de Prata nos Jogos Olímpicos derrotando Novak Djokovic, Rafael Nadal e só parando em Andy Murray na final.

Ele comentou que aquela semana fez com que os brasileiros o abraçassem assim como os argentinos fizeram na carreira de Gustavo Kuerten e o que passou a acontecer com Fonseca semana passada com o título do brasileiro no ATP 250 de Buenos Aires.

"Sem dúvidas a semana dos Jogos Olímpicos para minha vida e carreira foi uma das mais felizes. Obviamente minha estreia contra o Djokovic depois semi contra o Rafa também, conseguir uma medalha, creio que também se rompeu uma barreira disso da Argentina x Brasil comigo depois de um grande torneio na Olimpíada muitos fãs do Brasil passaram a me apoiar muito e passei a me sentir muito querido aqui", disse.

"Também algo muito similar com o que acontece com o Fonseca que acaba de ganhar do ATP de Buenos Aires com o público da Argentina gostando do seu carisma e nível de jogo como amavam o Guga. Guga era um jogador que toda a Argentina e o mundo gostavam muito . Conseguir essas coisas que são externas ao tênis é o mais lindo".

Depois ao ser perguntado das qualidades do jovem brasileiro que tem conseguido feitos precoces para o tênis sul-americanos só vistos na própria época do argentino, Delpo respondeu.

"Parece espetacular esse começo dele. Atualmente tem um grande jogo, muito potencial, é incrível sua evolução em muito pouco tempo, superando barreiras, fisicamente, seu ranking. A outra parte é a emoção, os nervos, pressão, o crescimento, é muito importante para um garoto de 18 anos, é onde tem que conseguir grandes pessoas que podem dar todo o suporte muito importante emocional e ter a experiência para acompanhá-lo."

Delpo também pregou paciência de todos com ele e fez outro comparativo com os argentinos: "Brasil é igual na Argentina onde constantemente falam que você é o Melhor e depois é o Pior constantemente, as pessoas te mam e te odeiam. É muito importante aprender a conviver com isso.  Para ele jogar o torneio do Rio era muito especial, vindo de ganhar Buenos Aires, seguramente estava muito cansado emocionalmente cansa e fisicamrnte também, toda a pressão, vai tirando energia. É um menino de 18 anos, todo mundo precisa colocar em primeiro lugar quando vão falar dele", apontou.

"O tênis é muito longo no tempo. Parece que Alcaraz e Sinner têm uns 15 anos no tênis, mas são jovens. É preciso ir com paciência e o desfrutem pois há casos onde pode ser o melhor do mundo, mas tanta pressão e foco, acaba explodindo e termina não conseguindo nada. Pra mim, como latino-americano, gostaria que possa seguir crescendo, que possa ser o próximo a ganhar um Grand Slam e que o tênis sul-americano com ele e com os argentinos possa ter um peso no tênis mundial".

Delpo comentou sobre sobre o tênis sul-americano e acredita que Fonseca deve ser o próximo a carregar a bandeira do continente e isso ajudar a atrair os olhos da ATP com mais carinho para cá: "O tênis sul-americano está muito bem, muitos argentinos, Brasil com alguns top 100, Fonseca é a nova estrela, tem muito potencial de ser o nome de levar a bandeira do continente. Quando um ganha sempre é tudo mais fácil, quando sul-americanos ganham muitos torneios, a ATP vai olhar melhor para o tênis sul-americano. Mas aqui há uma tradição de tênis e fãs na América do Sul que não há em outros lugares, a paixão aqui, Buenos Aires, Argentina, Chile, Brasil na Copa Davis, é algo que é preciso salvar e resguardar para o futuro do tênis."

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