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O Big Brother Fonseca e o anticlímax no Rio Open

Quarta, 19 de fevereiro 2025 às 02:49:59 AMT

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Tênis Profissional

Por Fabrizio Gallas - Durou apenas dois dias o Big Brother Fonseca no Rio Open. Todos os passos do atleta desde a chegada ao clube, alongamentos, treinamento praticamente tudo sendo filmado. Crédito: Fotojump



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Tudo sendo mostrado ao vivo, bate-papos com familiares, torcedores, crianças que lotavam as práticas do atleta, seguranças escoltando o jogador na chegada. Tudo acompanhado de perto. Um verdadeiro pop star. O chamado Fonsequismo.
Normal. Um menino de 18 anos alcançando feitos precoces no esporte e sendo enaltecido pelo mundo, falado por outras grandes personalidades do tênis e em especial do esporte no Brasil é natural que a imprensa tenha dado a cobertura que pelo menos por dois dias deve ter sido o recorde do torneio. Talvez nem com Rafael Nadal tivemos uma sala de entrevista coletiva tão cheia, foram 80 pessoas que lotaram o auditório na noite de segunda-feira. 
Só que Fonseca infelizmente não soube lidar. Não jogou bem, fez um primeiro set ruim e um segundo okay para o seu nível normao de tênis, mas não o suficiente diante de um bom jogador, mas que não estava tendo bons resultados no saibro. Caiu na isca da variação de ritmo e consistência do oponente. Não mexeu as pernas, não foi intenso. Admitiu o nervosismo, o medo. Admitiu que não foi ele em quadra. Em suma, sentiu a pressão do quão duro é jogar em casa com tanta expectativa. 
Como Alexander Zverev disse momentos antes da derrota do brasileiro na zona mista com jornalistas. É normal para um garoto da idade dele ter oscilações. Não é hoje e nem amanhã que ele vai ganhar Grand Slams ou precisa ser comparado com um Alcaraz ou um top 4 do mundo. Terá seu próprio caminho e no seu tempo irá chegar. Com calma e com cautela e tendo algumas derrotas surpreendentes por esse caminho. E certamente vai voltar a brilhar no torneio que o projetou para o mundo. Essa edição foi um verdadeiro aprendizado. Não é fácil jogar em casa.
O que ficou foi um anticlímax para o torneio. Se esperava Fonseca pelo menos nas quartas, talvez uma semi contra Zverev e ele acabou indo embora cedo.
 A programação de quinta-feira em simples não será tão boa em termos de nomes já que Sascha e Thiago Monteiro, nosso maior tenista da história do torneio, jogam nesta quarta-feira.
Parte disso provocada também pelas ausências de Holger Rune e Lorenzo Musetti, machucados. O dinamarquês aliás deu bola fora desde Buenos Aires com a atuação patética e seu comportamento em coletiva de imprensa que durou 1 minuto e meio. Ele nem pintou por aqui, largou mão em cima da hora e diria que deixou um buraco feio e talvez irreversível com os dois torneios. É bom lembrar que ele tinha contrato com as duas competições recebendo cachê.
Musetti não jogou aqui, mas veio, fez mídia, visitou o projeto social Tênis na Lagoa, cumpriu compromisso com patrocinadores, passou por exames, se esforçou para jogar, mas não foi possível. Deixou uma boa impressão apesar da ausência.
É torcer pelo nosso Monteiro furar a barreira das quartas de final, por nossas duplas que começaram bem o torneio e ficar de olho nos passos de Fonseca pois muita coisa boa ainda vai vir. 
Curtinhas:
Felipe Meligeni não teve uma boa apresentação em simples no torneio, mas começou bem na dupla com Orlando Luz
Thiago Wild mostrou-se muito apressado e foi um jogo muito aquém do que tinha feito em Buenos Aires. Acredito que foi pelo mesmo caminho de Fonseca, a pressão pelos pontos de quartas que defendia. O ano está só começando e se mantiver a pegada da Argentina vai chegar ali perto ou até furar a barreira do top 50.

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