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Mouratoglou diz que caso de Sinner é um escândalo

Terça, 18 de fevereiro 2025 às 10:43:53 AMT

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Patrick Mouratoglou, que era o treinador de Simona Halep quando a romena foi suspensa por doping, comentou sobre a resolução do caso de Jannik Sinner e afirmou que o mesmo é um escândalo.



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O francês publicou um vídeo em suas redes sociais dando sua opinião: "Esse caso é um escândalo. É não por ele ser culpado ou não, mas sim como as autoridades do antidoping lidaram com a situação. Todo mundo sente que foram dois pesos e duas medidas. É muito improvável que ele tenha se dopado. Essa é uma opinião minha: Em primeiro lugar, eu não acho que ele tenha essa intenção. E segundo, porque foi encontrada uma quantidade mínima de uma substância proibida, o que em 90% desses casos, é uma contaminação. Então, o jogador é uma vítima. Por isso acredito que ele é inocente".

Assim como Novak Djokovic, Mouratoglou acredita que o italiano foi beneficiado: "Quando um jogador testa positivo, as autoridades do antidoping logo divulgam um comunicado público. E assim que esse comunicado é divulgado, o jogador está oficialmente suspenso e não pode mais jogar até o caso ser concluído, com a decisão se ele é culpado ou não. No caso do Sinner, a ITIA decidiu esconder isso. Ele testou positivo, mas não foi suspenso provisoriamente. Nós queremos um esporte limpo e não existe esporte limpo com dois pesos e duas medidas, dependendo de quem é o jogador”.

“Cinco meses depois, eles anunciam que ele testou positivo, mas dizem que não é culpado. Em outros casos, os jogadores são supostamente culpados, porque está publicado que eles testaram positivo. Então, por cinco ou seis meses, ou às vezes por mais de um ano, esse jogador é considerado dopado e não pode competir, não ganha pontos e nem premiação. Em alguns casos, a carreira deles acaba. Eles destroem a carreira do tenista".

Ele lembrou que durante o início do ano foi marcada a data do julgamento pelo CAS, mas foi feito um acordo por três meses de suspensão: "Durante o Australian Open ficamos sabendo que o Sinner seria julgado pela WADA em abril. Então, haveria uma reanálise do caso para saber se ele era culpado ou não. Mas um mês depois, é anunciado um acordo de suspendê-lo por três meses. Não teve julgamento ou revisão do caso. E a decisão foi boa para ele, que disputou o Australian Open, foi o campeão e também está livre para jogar o próximo Grand Slam, que é Roland Garros. Então fica parecendo um arranjo para bani-lo 'só um pouquinho, mas não muito'. Ele vai até poder jogar o Masters 1000 de Roma, sendo italiano”.

Para Patrick, o caso abrirá um precedente: "Por outro lado, acho que lidaram com esse caso de um jeito certo e que deveria ser para todos: Não tornar público para todo mundo antes de ser provado que ele foi vítima de uma contaminação. Isso arruina a imagem e a carreira do jogador. Então, o ideal é esperar uma decisão final: se foi comprovado o doping, deve ser suspenso. Mas se for contaminação, não. Há muitas formas de se contaminar sem conhecimento e isso é uma coisa difícil de provar. Muitos jogadores não têm dinheiro para isso. Se você é 300 do mundo, não faz ideia do quanto é caro fazer a investigação para provar. O sistema do antidoping é injusto”.

Mouratoglou comparou a situação de Sinner com a da romena Simona Halep: "Estive próximo de um caso positivo de doping com a Simona Halep. Eu era o técnico dela quando foi suspensa. E foi exatamente igual ao do Sinner, contaminação por uma quantidade extremamente baixa. E os dois casos foram tratados pela ITIA de forma totalmente oposta. A ITIA deu a ela quatro anos de suspensão. E depois, ela recorreu a juizes independentes, que disseram que ela não tinha culpa. E o caso dela não é único, são vários os jogadores que perdem dois, três ou quatro anos e depois provam que não tinham culpa. Mas enquanto isso a reputação deles é destruída. Isso precisa mudar. As únicas pessoas que podem fazer isso são a ATP, a WTA e ITF. Eles precisam proteger os jogadores”.

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