Melo se vê bem para seguir jogando com Matos: 'Tenho lenha pra queimar'

Após a derrota de virada na Copa Davis diante da França, em Orleans,  os brasileiros Marcelo Melo e Rafael Matos conversaram com os jornalistas e o mineiro ressaltou a qualidade da dupla e acenou que não pensa em aposentadoria aos 39 anos.

Crédito: Getty Images for ITF

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Na análise da partida, Melo e Matos viram o confronto definido nos detalhes, em especial na quebra do 9º game na do terceiro set, e uma bola perdida ao abrirem 0-15 com os rivais sacando para o jogo. A dupla ainda destacou a quebra no 6º game da segunda etapa, posteriormente com os franceses sacando com muita velocidade, o que para eles definiu o set

Na conversa com jornalistas, Matos negou que tenha 'faltado saque' durante partida: "Foi do jogo mesmo ali, como a gente falou, detalhes (...) Isso que influenciou tanto. Obviamente eles são mais sacadores que a gente, mas a gente tem outras armas também que a gente consegue tirar disso".
"É seguir nessa pegada que a gente está, fazendo grandes jogos contra grandes duplas, ganhando alguns, até perdendo mais do que ganhando, mas tenho certeza que a gente está no caminho certo", ressaltou Rafa Matos.

O mineiro acabou questionado sobre o fim de sua carreira vitoriosa, tendo sido número 1 do mundo e vencido até o momento 38 títulos de duplas no circuito, dos quais dois Grand Slams, dos quais se destaca o histórico Wimbleodn 2017 ao lado do polonês Lukasz Kubot.

"Sendo bem sincero, o Rafa não tem problema em desmentir o que ele achar. Mas eu acho que hoje eu estou bem melhor fisicamente até que no final do ano passado.  Eu ainda acho que eu tenho plenas condições de jogar. Sendo muito sincero, o dia que eu ver que eu não tenho físico mais, ou o dia que eu achar que eu não posso ter resultados grandes, eu vou parar de jogar", pontuou o mineiro afirmando que não quer 'joga por jogar'.
"Hoje eu acredito que eu ainda possa ter resultados grandes.  A gente vem aprimorando, vem jogando bem contra duplas duras. A gente ganhou jogos bons. Então assim, eu espero ainda jogar por um bom tempo", confessou ele
Marcelo Melo ainda revelou que seu parceiro também de circuito, Rafael Matos o vê disputando os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028, porém, ele próprio tem suas dúvidas: "Mas se eu continuar desse mesmo nível, hoje eu consegui jogar tranquilamente três sets, - o que é atípico para nós, que normalmente é super tiebreak, é um jogo muito mais rápido", ressaltou.

Melo afirmou mais de uma vez que o que prioriza é sua parte física e recuperação fisioterápica e aponta que a dupla com o gaúcho 
"Acho que eu e o Rafa, a gente casa muito bem esse estilo de jogo. Logicamente, com o passar dos tempos, eu fico mais lento para algumas coisas, mas o Rafa consegue me ajudar nisso e eu consigo ajudá-lo. Essa experiência com a juventude, no estilo de jogo. Então assim, eu acho que ainda tem uma boa lenha para queimar aí", pontuou ele recordando que Rohan Boppana, duplista indiano, chegou ao seu melhor ranking da carreira, número 1 do mundo aos 43 anos.