A norte-americana Emma Navarro, oitava da WTA, comentou o polêmico ponto que perdeu no duelo contra a polonesa Iga Swiatek nas quartas de final do Australian Open e culpou a regra de revisão por vídeo por uma possível injustiça contra ela.
Crédito: Tennis Australia
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Durante o duelo contra Swiatek, em um difícil quarto game da segunda etapa, Navarro achou que a adversária poderia ter tocado duas vezes na bola, mas pediu a revisão por vídeo, VAR, apenas quando perdeu a disputa contra a rival e recebeu uma negativa a árbitra grega Eva Asderaki.
A situação foi tema na entrevista coletiva da norte-americana, que explicou a situação.
"Eu não parei de jogar", contou ela ao ser questionada do porque a árbitra não havia lhe dado o direito ao VAR.
"Eu joguei a próxima jogada, então não pude ver o replay, e, sim, eu perguntei a ela depois do ponto se eu poderia ver o replay, e ela disse que eu joguei, então eu não pude ver. Você acha que é justo esperar que os jogadores parem um ponto?", questionou ela.
"No meio daquilo tudo, porque você obviamente sabia no momento, mas você está tentando lidar com um dos melhores jogadores do mundo tentando parar o ponto", desabafou.
Ao ser interpelada se achava que deveria rever o ponto mesmo seguindo a jogada, ela disse que sim: "Acho que deveria ser permitido ver depois do ponto, mesmo se você jogar. Acontece tão rápido, e você acerta o golpe, e ela rebate, e você fica tipo: 'Oh acho que estou jogando'. No fundo, você pensa: 'Ok, talvez eu ainda consiga ganhar o ponto', assim mesmo que não tenha sido marcado. Fora que seria um desânimo se eu parar o ponto, e acontece que não foi dois toques, então, é difícil. Acho que deveríamos ser capazes de ver depois e fazer essa marcação".
Questionada sobre como é possível, no calor do jogo, as atletas conseguirem pensar em menos de 10 segundo se foi ou não dois toques e se a adversária teria percebido, Navarro foi sincera: "Acontece muito rápido. Eu não sei se ela sabia ou não, e, sim, no final das contas, cabe ao árbitro fazer a marcação, e se ela não viu, isso é o que é, eu acho. É difícil eu acho que colocar a culpa em alguém. É uma decisão difícil, e eu acho que as regras deveriam ser diferentes, mas eu acho, com certeza, que nós deveríamos ser capazes de olhar para isso depois e decidir", completou.