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Conquista de João Fonseca tem um enorme peso e é um baita indicativo

Domingo, 22 de dezembro 2024 às 18:40:48 AMT

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Tênis Profissional

Por Fabrizio Gallas - A conquista de João Fonseca neste domingo tem um peso enorme para o tênis brasileiro. É um baita indicativo do futuro do carioca de apenas 18 anos e três meses. 



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Ele é o segundo mais jovem a vencer o torneio, perde apenas para Jannik Sinner que venceu com 18 anos e dois meses. Fonseca, Sinner e Carlos Alcaraz são os únicos a vencerem o torneio com essa idade.
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Se temos campeões de Slam que fizeram sucesso neste torneio, o NextGen Finals também já foi vencido por outros grandes nomes como  Stefanos Tsitsipas que foi top 3 do mundo, com dois vice-campeonatos de Grand Slam. Mais recente por Brandon Nakashima que é top 40.
A euforia maior é pelo nível de tênis que o brasileiro jogou em quadra dura coberta indoor, se impondo contra jogadores mais experientes, um top 20, outro top 50 revelação do ano passado. Euforia pelo que ele ainda pode jogar. 
Ele mostrou essa semana que não é apenas um jogador de saibro. Sacou muito bem, usou o forehand com precisão e potência assim como fez no backhand, se safou de situações complicadas, soube jogar como azarão e também na semifinal e na final com a pressão ao seu lado já era tido como favorito. Soube jogar com a quadra cheia e nomes como Rafael Nadal por lá. Soube sair de um nervosismo claro no começo da final para virar um duelo complicado. Como diz a máxima, "finais são para serem ganhas, não são para serem jogadas de forma bonita".
Ao mesmo tempo que vibramos com a façanha e vislumbramos um futuro de sucesso, é preciso manter os pés no chão e entender que o processo para o brasileiro atingir seu máximo potencial pode levar alguns anos. Um, dois, três ? Não se sabe. Cada um tem seu tempo. Mesmo que pareça muito maduro para sua idade, o caminho é difícil e o trabalho precisa seguir muito forte no dia a dia.
Sinner levou um tempinho para desabrochar e atingir seu ápice após vencer o  NextGen em 2019. Foi galgando passos. Primeiro se fixou como um top 20, depois top 10 até que esse ano deu o salto de qualidade que era esperado. Alcaraz conseguiu com mais rapidez, já na temporada seguinte ao título do NextGen, em 2022, ganhou o US Open e virou o número 1. De qualquer forma é preciso cautela nas cobranças pois o carioca terá um 2025 de muitos aprendizados, terá que superar adversários sedentos para derrubar o brasileiro que passa a ter holofotes em todo circuito mundial. Terá também sua primeira temporada de defesa por pontos a começar pelo Rio Open em fevereiro.
É bom lembrar que Fonseca surge em uma época onde aparentemente temos uma brecha com os Big 3 se despedindo e "apenas" Alcaraz e Sinner na vanguarda.
As perspectivas são enormes. Hoje é dia de comemorar. Um brinde a mais um capítulo importante na carreira do fenômeno chamado João Fonseca.

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