Thiago Wild, número 76 do mundo, e o capitão Jaime Oncins se mostraram irritados com a chamada do árbitro de cadeira no final do duelo contra Arthur Fils, 19º colocado. Crédito: Green Filmes/CBT
O brasileiro se esquivou de uma bola do francês que saiu justo no break-point, mas o árbitro chamou toque na raquete do brasileiro. Durante o momento tanto Wild quanto Jaime se revoltaram e constestaram a marcação pedindo para que o lance fosse revisado, mas o árbitro manteve a posição. Fils quebrou o saque e venceu a partida.
"Foi um erro gravíssimo, que mudou o curso do jogo, independente do resultado e como vinha o jogo, foi um erro sim que mudou o resultado. Eu poderia ter virado o jogo, feito alguma coisa diferente. Erros acontecem, todos os árbitros erram, mas dessa vez mudou o curso do jogo complemente. Era um 4 iguais, 30/40 em uma quadra como essa, o saque faz muita diferença", reclamou Wild que isentou Fils de culpa. O brasileiro chegou a tirar satisfação com o rival após o jogo, trocou algumas palavras, mas disse que foi o calor do momento.
Segundo Wild, se fosse ele na situação do francês, não chamaria um eventual toque ou não toque do adversário: "Sobre o Fils o momento era quente, trocamos algumas palavras, os dois jogadores exageraram um pouco, mais do que o necessário, não tive a chance de conversar com ele ainda, mas vou fazer. Ele é um cara legal fora da quadra, claro que ele tem o lado dele da história, acho que esse tipo de coisa acontece e temos que deixar de lado, eu estava desapontado", disse o brasileiro que comentou: "Para ser honesto ele não deveria ter dito, eu provavelmente não faria isso. Nenhum jogador em um 30/40 e jogo apertado teria feito essa chamada. A chamada do árbitro foi muito ruim, ele fala com os demais árbitros, tem os replays, fala com o supervisor. Nenhum jogador chamaria aquele lance, não é o jogador que deve fazer nenhuma chamada na partida, essa decisão é do árbitro".
Jaime Oncins comentou: "Temos 120% de certeza. Ele tem o vídeo para ver, eles enviaram o vídeo, estava claro que ele não tocou, ele não pode ouvir e não pode perguntar pelo vídeo só por chamadas nas linhas. Como o Thiago disse, foi um erro terrível", apontou o capitão que comentou o que disse ao árbitro.
"O que eu falei pro juiz foi que você não pode fazer uma chamada porque achou que a bola tinha tocado na raquete dele, você deveria ter 100% de certeza. E outra , você não pode ter escutado pois o público gritou e a bola foi pra fora. Aquilo deu o break pro adversário e foi sacar em 5 a 4. Seria completamente diferente ele sacando 5 a 4 contra. Ele fez uma chamada errada em um momento muito importante da partida".
Wild avaliou sua apresentação na derrota por 6/1 6/4 que deu o 2 a 0 para a França no primeiro dia em Orleans: "Não é o resultado que a gente queria, tampouco foi uminha performance esperada. Entrei com bastante vontade, ficou nítido no segundo set, numa quadra muito rápida como essa qualquer detalhe acaba mudando o jogo. Pra amanhã voltaremos com muita força. Esse confronto tá muito longe de acabar, temos time para virar esse confronto".
Para o capitão agora é hora de esfriar a cabeça, conversar e buscar a virada: "Não afeta para amanhã. Acabou o primeiro dia, agora temos que pensar amanhã. Vamos chegar no hotel, conversar com os jogadores. Ainda não acabou e vamos brigar até o final. Não queremos acabar o primeiro dia com 2 a 0 , agora é esfriar a cabeça, jantar e vamos brigar para virar esse confronto"