Bia Haddad Maia, número 17 do mundo, comentou como irá comemorar sua conquista deste domingo no WTA 500 de Seul, na Coreia do Sul, o primeiro troféu da temporada e o quarto da carreira.
A brasileira derrotou a russa Daria Kasatkina, 13ª, por 1/6 6/4 6/1 na decisão: "Primeiro de tudo, estou pensando em ir comer bulgogi (risos) E talvez tomar uma cerveja. Quero compartilhar essa alegria com meu técnico, já que alcançamos o objetivo que estabelecemos para esta semana", disse a paulistana que na segunda-feira já irá pensar no WTA 1000 de Pequim, na China, que começa na quarta-feira: "Amanhã, embarco para Pequim, então a partir de amanhã voltarei à minha rotina de preparação para o próximo torneio. Não tenho muito tempo, mas o restaurante é bem perto, então hoje vou aproveitar. Felizmente, meu primeiro jogo no próximo torneio será na quinta-feira, então semana que vem darei o meu melhor novamente. Ah! E sabe qual é minha comida coreana favorita? É doganitang. Amo demais. (risos)"
Bia destacou sua virada. Ela perdia por 6/1 3/1: "No primeiro set cometi muitos erros e não joguei bem. Por outro lado, a Daria jogou o seu melhor e mereceu vencer o set. No começo do segundo set, também fui quebrada e não me adaptei bem ao vento, então as coisas ainda não estavam boas. Mas eu sabia o que precisava fazer para reverter a situação, além de ainda ter energia e sentir minha competitividade crescer. Disse a mim mesma para tentar novamente. A partir da metade do segundo set, comecei a jogar melhor, e felizmente consegui manter o bom nível até o final."
A brasileira comentou um lance polêmico no 4 a 4 no segundo set 15 iguais onde a adversária acabou favorecida: "Sobre a marcação de linha no segundo set, isso é algo que pode acontecer durante um jogo de tênis, e naquele momento foi difícil controlar minhas emoções. No entanto, a árbitra é muito competente, então não a culpei. Consegui me concentrar mais na partida a partir daí, e isso me ajudou a conseguir um bom resultado."
Seul foi palco de sua primeira final em 2017 e ela volta levantando o troféu. A brasileira ganhou em zhuhai no Elite Trophy do ano passado. Ela adora jogar na Ásia: "Sim, é verdade. No meu primeiro Korea Open, fui vice-campeã, e agora, na minha segunda participação, consegui vencer. A Coreia tem um lugar especial no meu coração e me traz boas lembranças. O mesmo vale para Zhuhai. A Ásia tem uma cultura única, diferente de outras regiões, e sempre sinto que tenho muito a aprender. Sempre que visito um país asiático, tento experimentar algo novo, e em Seul, aproveitei para comprar alguns presentes em Insadong. Sinto muito carinho pelas pessoas daqui."
A brasileira agradeceu o apoio do público que torceu por ela bastante principalmente quando estava abaixo: "Com certeza. Parecia que todo o público estava torcendo por mim. Talvez eles se lembrassem da minha última visita e se sentissem mais próximos por isso. Jogar em um estádio cheio com tanto apoio dos fãs foi uma experiência especial. Eu também senti a energia dos brasileiros. Sinto-me sortuda por ter o apoio de um país tão grande quanto o Brasil, e fiquei feliz de ouvir os gritos dos brasileiros durante o jogo de hoje."
"Não costumo comparar a mim mesma com quem eu era há sete anos, porque sempre acumulo novas experiências e entro em quadra com uma nova mentalidade. Hoje, estou com um técnico diferente, e acredito que tanto meu estado físico quanto mental melhoraram. Sete anos atrás, foi minha primeira final de simples na WTA, e tudo que passei desde então me ajudou a ter confiança em grandes partidas como essa. Ontem, joguei duas partidas seguidas por causa da chuva, o que sempre traz variações nas condições, mas isso é algo que não podemos controlar no tênis. Tentei manter minha condição física com a ajuda de todos ao meu redor, e gostaria de agradecer a todos que nos apoiaram para passar por esses desafios."
Em comunicado enviado por sua assessoria de imprensa, a tenista destacou o trabalho: "Muito feliz com meu trabalho e do meu time, terminei jogando um tênis excelente. Me sinto motivada e cada vez mais forte, fazendo coisas boas e trabalhando bem. Trabalhei muito duro com o meu time o ano inteiro e agora estamos começando a colher os frutos. Não controlamos o tempo das coisas, é importante confiar muito no processo", seguiu a tenista.