Meligeni vê evolução em Bia Haddad e prevê melhor tênis da brasileira

Em nova edição do podcast New Balls Please com Fernando Nardini, Fernando Meligeni, ex-top 25, comemorou o resultado positivo de Bia Haddad Maia que pela primeira vez fez quartas de final do US Open quebrando 56 anos de jejum do tênis brasileiro.

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Primeiro ele fez uma crítica ao torcedor brasileiro que vinha cobrando da paulistana que vinha em uma temporada irregular.

"Aqui no Brasil não aceitamos que aconteça com a gente, mas aceitamos que aconteça com a Iga. Ninguém apedreja ela pois está abaixo do nível dela. Quartas de final pra Iga em um Slam é tipo segunda ou terceira rodada pra Bia. Bia não tá chegando toda nas finais de um Slam, chegou uma na semi e agora quartas, perder de vez em quando na primeira, segunda rodada é normal. A gente chega olha pra Iga e diz que tênis é difícil, mas e pra Bia não é difícil ? Somos muito torcedores", disse Fininho, semifinalista de Roland Garros em 1999.

"Importante pra Bia é que ela se reencontrou tenisticamente. Falamos muito tempo sobre o lado mental. Existe o lado mental. Mas não adianta a gente querer mexer no mental se não tivermos uma ordem técnica e tática na carreira. E ela se perdeu, vínhamos falando que ela se perdeu pois colocou mais coisa no jogo dela. De repente chega no US Open e ela começa a entender em ser agressiva, a gente fala do Sinner, a diferença dele pra Bia. Ele tem claro quando tem que atacar e onde. E a Bia tava até o US Open completamente perdida. Faz parte de quem faz mudanças. Parece que ela se encontrou. Tomara que se estenda."

Meligeni prevê que a brasileira alcance seu melhor nível daqui por diante. Ela tem torneios em Seul, na Coreia do Sul, Pequim. Wuhan e depois opoções no Japão e China nas últimas semanas do ano.

"Agora tem a gira da Ásia e acho que é uma grande possibilidade. Acho que ela vai jogar tênis ticamente e taticamente muito melhor que jogou nos últimos tempos. Fiquei feliz em ver ela muito mais organizada como estava ano passado. Evoluiu tenisticamente do que estava ano passado só que demorou para entender."

Fino detalhou algumas mudanças no jogo da brasileira: "Demorou a entender, Antes só jogava pelo meio. Vimos jogo contra a Halep ela só jogando pelo meio. Não se joga mais pelo meio. Agora usa mais paralelas, saque aberto, coisa que ela não tinha , volenado. Quantas vezes ela ganhou ponto na rede contra a Wozniacki.  Que legal. Vejo ela melhorando muito, mas às vezes não tava indo pro resultado".

Ao comentar sobre o título de Aryna Sabalenka, Fino também comentou porque acha que a brasileira tem chances de ganhar um Grand Slam: "Hoje a gente tá falando que uma Bia Haddad é possível ganhar um Grand Slam, a gente vê o circuito feminino muito aberto. É porque tinha uma Sabalenka na chave, mas por que não ? Tava nas quartas, vai semi, final, porque não sonhar ? Não está tão difícil".