Por Fabrizio Gallas - A realidade bateu na porta de Rafael Nadal neste sábado. Derrota 6/1 6/3 na segunda partida no Masters 1000 de Roma, na Itália, para o polonês Hubert Hurkacz, 9º do mundo.
Uma atuação bem abaixo de um Nadal que não se mostrou satisfeito e não esteve confortável em nenhum momento da partida.
O físico vem cobrando um preço muito alto. A lesão no quadril é algo complexo. Não permite o jogador sustentar um nível físico muito longo. Aconteceu com Guga Kuerten, Magnus Norman, acontece com Andy Murray e agora com Rafa. Permite fazer um ou dois jogos longos e pesados e a seguir o corpo não aguenta. Nadal tinha jogado três horas na estreia e neste sábado esteve muito aquém de seu nível. Errou 20 bolas, não chegada bem em várias e ainda teve que lidar com o poderoso saque do gigante polonês. Receita para o resultado negativo.
Nadal disse que Roma seria um grande teste, se puxaria ao limite extremo de olho em Roland Garros. Se ele tomar por base o que aconteceu hoje, eu diria que Paris corre sério risco.
Será que o espanhol vai querer disputar um Grand Slam, melhor de cinco sets sem estar em suas melhores condições ? A questão que bate na cabeça dele é que não é apenas um Slam, é o seu torneio predileto. Onde venceu 14 vezes. Onde quase nunca perdeu. As dúvidas devem ter aumentado hoje para uma decisão final.
Thiago Wild perdeu uma ótima chance de no mínimo levar para o terceiro set contra Tomas Etcheverry. Liderava por 5 a 1 no segundo e foi errando, errando, se perdendo, se perdendo e levou seis games consecutivos. Situação que acontece. É preciso levantar a cabeça pois há muito por se jogar ainda no saibro, um challenger grande e um ATP 250 em Lyon antes de Paris.