O brasileiro Karue Sell, radicado nos Estados Unidos desde 2012, quando foi jogar e estudar na Universidade da Califórnia, volta ao Brasil depois de 13 anos para jogar o Brasil Tennis Open, ATP Challenger 50, que acontece de 28 de abril a 05 de maio, em Porto Alegre. Seu último torneio no país foi em 2011.
Sell foi destaque no time da UCLA entre 2012 e 2016, quando se formou na condição de capitão da equipe. Depois disso, jogou alguns torneios profissionais e em 2019 começou a trabalhar na equipe de Naomi Osaka. Sell estava ao lado de Osaka quando ela ganhou seu terceiro campeonato de Grand Slam de simples no Aberto dos Estados Unidos de 2020 e no Aberto da Austrália de 2021. Também integrou o time de Marcos Giron, atual 48 da ATP.
Apesar dos cinco títulos conquistados em suas idas e vindas no circuito, Sell ficou muito mais conhecido pelo seu canal no YouTube - My Tennis HQ- , onde dá várias dicas sobre treinamentos, técnicas e mais recentemente iniciou a série " Virando profissional aos 30". Sim, Sell está com 30 anos e decidiu que por enquanto vai tentar a carreira profissional.
“Nesses últimos quatro anos fiz parte do nível mais alto do tênis, com a Osaka, passei um tempo também com o Agassi, e aprendi muito sobre o jogo e isso me ajudou a melhorar o meu próprio jogo. Aí disputei alguns torneios aqui perto de casa em Los Angeles, ganhei três ou quatro, depois fiz quartas em um Future e vi que dava para tentar. Meu objetivo é jogar mais Challenger, entrar direto na chave e depois tentar um quali de Grand Slam, mas pra isso preciso chegar na metade do meu ranking” falou Sell, atualmente 582º da ATP.
“É um desafio pessoal, ultrapassar meu melhor ranking, que foi 371 e tentar jogar ATP. Tenho mais cinco ou seis anos de circuito e vou tentar”, explicou Karue Sell que consegue se dedicar full time ao esporte graças ao canal do YouTube, e promete fazer muitos vídeos no Brasil. “Estou gravando bastante conteúdo no circuito e vou aproveitar. Tem gente que não acredita que sou brasileiro”, brincou.
No circuito, Sell venceu cinco ITFs em quadra dura, e está disputando um Challenger em Acapulco nesta semana antes de vir para Porto Alegre, jogar no saibro da Associação Leopoldina Juvenil, no Brasil Tennis Open. Ele terá que enfrentar o disputado qualifying do ATP Challenger 50 ao lado de outros brasileiros, como Daniel Dutra da Silva, que talvez seja um bom entrevistado para a nova série.
Aos 35 anos, irmão do ex-63º da ATP, Rogério Dutra da silva está no circuito há 17 anos e segue firme. Tem 30 títulos de duplas e 26 de simples, o último conquistado em março, no ITF de Maceió (AL). Já passou por várias gerações de tenistas, como Thomaz Bellucci, seu parceiro no primeiro títulos de duplas em 2006, Christian Lindell em 2015, até Gustavo Heide nos últimos anos. Já venceu nomes como Flavio Saretta, o marroquino Younes El Aynaoui ou o francês Olivier Patience.
"Tenis é a paixão de toda a minha família. Meu pai e meus tios jogaram profissionalmente e inspiraram todas as gerações seguintes, meus primos, meus irmãos, meus sobrinhos, meus cunhados , toda nossa família respira tenis, e o que me motiva a continuar jogando é essa paixão que rompe barreiras , essa paixão que me tirou da periferia e me tornou um atleta profissional”, explica Daniel.
Os ingressos são gratuitos e estarão disponíveis para retirada através do https://appticket.com.br/atppoa2024
Também haverá lote presencial diário, a partir da abertura dos portões em cada dia de evento, mas está sujeito a lotação máxima.