Pela primeira vez na final de um ATP, Mariano Navone, 113º colocado, comemorou sua classificação após bater Cameron Norrie, 23º colocado, por 6/4 6/2 na noite deste sábado no Rio Open.
O tenista joga apenas seu segundo ATP e não imaginava estar logo em uma final após jogar o quali no final de semana passado: "Tênis tem certas coisas. Semana passada no Argentina Open tomei 6/2 6/0 e fui embora em 1h10min do torneio e na semana seguinte jogo o primeiro quali e primeira final de um ATP 500, seis partidas seguidas. Realmente muito contente, nos momentos bons é preciso desfrutar e no tênis é um esporte muito cruel, mas muito contente, estou escalando no ranking é seguir subindo o nível melhorando as coisas", celebrou.
Navone destacou as condições brutais com umidade alta e calor forte de 28º C mesmo na noite carioca e seu ponto alto na parte física. Norrie sentiu e pediu atendimento duas vezes no segundo set: "Hoje joguei contra um top 25, ex-top 10, no segundo set se notou que ele estava destruído. Essas coisas acontecem. A umidade e o calor hoje no Rio foi bastante forte, à tarde passei muito mal com o calor , quando cai a noite e entra nesse estádio tão lindo fica tudo bem".
Ele lembrou também seu passado com dificuldades financeiras que o tornou mais forte para trabalhar outras partes em seu jogo: "Nenhum dia posso dizer que me senti mal fisicamente . hoje o calor que estava 4 da tarde era terrível se sentia o calor no jogo do Fran (Cerundolo) e o Baez , mas depois coloquei o corpo em sintonia e à noite muda um pouco , baixa a umidade e o clima fica mais estável. João é ainda muito jovem, cada um melhora o físico não sei o que passou se foram dores, se sentiu mal . Nessas condições no Rio é preciso resistir um pouco . Agora eu me sentia nota dez, mas às 4 da tarde não sentia nota dez pra nada, à noite no jogo com a adrenalina, a motivação, muitas coisas. Essa semana na terça joguei às 10 da noite e fui dormir às 3 da manhã não é fácil descansar assim ainda mais pra mim que gosto de dormir cedo , mas hoje me senti bem . Tênis é um esporte muito caro , realmente não viajava nas melhores condições quando comecei no profissional e ao mesmo tempo isso me deu força extra para buscar os resultados que não tinha. Depois mantive isso, a única maneira de melhorar foi dar um pouco mais, dar mais a parte física e me sentir mais forte".
A final será neste domingo às 17h30 contra Sebastian Baez, 30º: "Amanhã é entrar para jogar e buscar ganhar e na segunda veremos se sou 60, 70 do mundo , não sei. não importa. Sou consciente que olhar adiante é um monte de coisa que pode se perder no meio. Há uma semana estava jogando o quali e quem diria que estaria em uma final . Não é aleatório pois se consegue,pode se mudar em uma semana . Estava indo muito bem nos challengers no final do ano passado e nos dois primeiros ATPs passei um quali", disse: "(Eu e Sebastian) Nos conhecemos bem, ele é um ano mais jovem que eu. É um bom momento do tênis argentino, é um ATP 50 dos maiores que há , em duas semis haviam três argentinos em um torneio tão duro em uma chave tão grande . Será uma partida difícil, ele ano passado ganhou três ATPs , é top 30, não vai me dar nada. É tentar fazer o melhor para ganhar".