Eliminado na primeira rodada do ATP 250 de Buenos Aires, na Argentina, e ainda sem vitórias na temporada, Marin Cilic concedeu entrevista ao jornal argentino Olé e comentou sobre o maior ídolo local, Juan Martin del Potro.
"Acho que o tênis foi injusto com Del Potro, principalmente por tudo que ele representou", disse o croata, campeão do US Open de 2014: "Juan Martín foi um jogador incrível, venceu o US Open de 2009, lembro-me de tê-lo visto quando voltou ao seu país e mais de 150 mil pessoas o acolheram, foi um ícone para os jovens, um ídolo para muitos pela forma como comportou-se no jogo. Ele também ganhou a Copa Davis, a medalha de prata nos Jogos Olímpicos e muitos outros troféus. Crescemos juntos, ao longo da carreira pude ver de perto tudo o que ele era capaz de fazer”, enumera emocionado o ex-número 3 do mundo em 2018.
Já com 35 anos, Cilic sonha com um último retorno à elite, embora neste momento o ranking o coloque fora dos mil primeiros da classificação. Escolhendo muito bem o calendário, o croata optou por jogar em Buenos Aires por um motivo sentimental. “Sempre admirei os atletas argentinos, sei o quão difícil é o momento que este país vive atualmente em termos econômicos, apesar de ter uma grande história por trás deles, visto que muitos vêm de cidades pequenas ou de áreas humildes, mas ainda mostram ao mundo todo o seu caráter. É maravilhoso ver como eles demonstram esse coração ao competir, a vontade que existe em todo o país. É assim que eles demonstram a força que têm, com os argentinos sempre há um diferencial além do talento que eles têm na prática esportiva".
Cilic comentou sobre sua derrota na Copa Davis para Del Potro: "Muitas pessoas vêm até mim e me dizem que aquele deve ser o pior momento da minha carreira. Obviamente foi uma grande desilusão, porque estávamos jogando em casa e estávamos muito perto de vencer, mas no dia seguinte me senti bem. Dei o meu melhor em quadra, mas o vencedor acabou sendo o Juan Martín, que também fez um jogo incrível. Claro que poderia ter vencido, mas fico com o grande momento que foi o tênis. Foi uma batalha fantástica em melhor de cinco sets, mas o destino quis que aquele Saladeira de Prata fosse para a Argentina”, apontou Marin.