Por Fabrizio Gallas - Bia Haddad Maia derrotou uma top 10 pela décima vez, nesta sexta-feira, nas quartas em Abu Dhabi. Em 21 partidas ela soma quase que metade das vitórias sobre tenistas deste naipe no ranking na WTA.
A brasileira chegou a engatar uma sequência de seis triunfos seguidos nos últimos dois anos sobre a elite do tênis feminino e isso é o resultado pleno de sua evolução e mostra que ela pertence ao ranking onde está.
O triunfo contra Ons Jabeur nesta sexta foi contundente. Tirando um lapso no começo do segundo set, o resto foi praticamente perfeito. A tunisiana é uma jogadora chata, varia muito, não dá ritmo que é o que a brasileira gosta. Independente do que Ons tenha sentido - e até chorou protagonizando uma cena tocante -, foi uma baita vitória e que merece todos os elogios.
Muita gente me pergunta: o que falta para Bia Haddad ir adiante ? Dar o próximo passo ? Esse passo é ganhar os torneios gigantes, se firmar no top 10 e subir entre as cinco.
Parece simples, mas não é. Falta ter essa contundência com maior frequência e contra tenistas que não tem nada a perder ou pouco a perder contra ela. Ou seja, fazer jus ao seu ranking contra jogadoras de mais baixa classificação. A pressão e responsabilidade muitas vezes entram na mente de uma tenista e Bia acaba jogando com maior pressão, maior travamento e as coisas não fluem como deveriam. Vimos isso no Australian Open e com alguma frequência em 2023.
É preciso ressaltar também que o nível do circuito feminino é bem parelho. Tirando as três, quatro primeiras do ranking, a disputa é muito acirrada e o nível semelhante com um alto índice de perde/ganha ao longo da temporada.
Quem sabe essa semana em Abu Dhabi dê aquele novo clique necessário para que Bia Haddad possa voar ainda mais alto do que já vem fazendo. Hoje foi um dia animador.