Em busca de seu 11° título do Australian Open, o sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, conheceu nesta segunda-feira seu próximo adversário em Melbourne, o local Alexei Popyrin, 43°, que venceu o amigo e compatriota Marc Polmans, 156°.
Fazendo o segundo jogo da programação na quadra John Cain, a terceira mais importante do complexo de Melbourne Park, Popyrin precisou de 2h28 para fechar o placar em 6/3 7/6 (7-3) 6/2 tendo disparado 20 aces a 11 de Polmans, que cometeu 27 erros não-forçados a 32 do compatriota, que disparou 56 bolas vencedoras a 22 de Marc Polmans.
Após a partida, ainda na entrevista em quadra, Popyrin de 24 anos comentou como é difícil enfrentar um amigo e tenista que conhece tão bem: "Estou feliz com a vitória, não é fácil enfrentar alguém que te conhece tão bem. Nós já jogamos até duplas juntos, somos amigos. Ele fez um bom jogo hoje e é bom seguir adiante".
Popyrin então comentou o que espera para o confronto com o sérvio Novak Djokovic:
"Claro que estou [empolgado]. Espero ter a torcida do meu lado durante todo o jogo. Espero que vocês possam vir e me apoiar, como fizeram hoje, foi maravilhoso", disse ele interrompido por uma ovação do público presente.
"Eu sempre quis enfrentá-lo desde criança. Eu o vejo jogar desde de pequeno, estou empolgado por enfrentá-lo. Já fui derrotado por ele quando tinha 19 [ATP de Tóquio em 2019]e vamos ver se posso vencer", completou o australiano que acabou derrotado pelo sérvio em sets diretos nas quadras rápidas japonesas.
Na entrevista coletiva, Popyrin comentou que não assistiu a partida de estreia de Djokovic e que sua preparação seguiria a mesma ao ser perguntado se veria algo da partida: "Sim, a preparação para enfrentar Novak é a mesma para qualquer outro no circuito. Entrarei lá cheio de confiança. Se for para estar lá sem confiança, melhor não estar. Não é um jogo: 'eu e o número 1 do mundo', é mais um jogo pra mim", ressaltou ele que pontuou adiante que o sérvio é o 'maior de todos os tempos', mas que isso não deveria ir à quadra em sua mentalidade.
Questionado se acredita que seu bom saque contra Polmans precisa estar em quadra contra o sérvio, destacou: "Claro. Grandes saques são importantes para qualquer jogo, ainda mais contra Novak que é provavelmente o maior devolvedor do mundo hoje em dia. Mas meu tênis não é apenas sobre meu saque, mas sacar bem é importante".
Elel embrou seu outro jogo contra o sérvio há cinco anos: "Eu o enfrentei quando tinha 19 anos. Eu tinha acabado de quebrar a barreira do Top 100 quando joguei contra ele, me classifiquei para aquele torneio (Tóquio). Lembro que não estava fisicamente à altura dele. Agora estou com 24 anos, cinco anos depois, um pouco mais maduro, fisicamente mais forte, muito mais forte na verdade. Acho que para mim só tenho que jogar do jeito que tenho que jogar e focar mais em mim mesmo do que em quem tenho do outro lado da rede.
Não creio que ele tenha quaisquer fraquezas. Ele é forte fisicamente, tem um ótimo forehand e um ótimo backhand, é sólido no fundo da quadra e tem um saque incrível. Ele é o melhor de todos os tempos no nosso esporte, não tem pontos fracos, mas tenho ótimas armas no meu jogo com as quais posso machucá-lo”, afirma o australiano.