A plataforma de stream Netflix disponibilizou nesta quarta-feira a 2ª temporada da série documental 'Break Point', que retrata a vida no circuito de tênis e conta histórias de destaque em 2023. As escolhas da produção têm gerado polêmica.
A polêmica começou nas redes sociais, após o jornal britânico Independent publicar um resumo da temporada, que conta com um episódio inteiro dedicado ao alemão Alexander Zverev.
A equipe da Netflix que viaja o circuito, documentou todas as fases do retorno do alemão, ex-top 3, ao circuito vindo de uma cirurgia no tornozelo, após sofrer uma grave lesão durante a semifinal de Roland Garros 2022.
Apesar de estar dentro da equipe do alemão e de seu dia a dia no circuito por todo 2023, a Netflix não aborda em nenhum momento o processo que o alemão passou por violência doméstica em seu país. As acusações levadas à polícia por sua ex-namorada e mãe de sua filha, a modelo Brenda Patea, geraram um processo civil, que resultou no tenista sendo considerado culpado e obrigado a pagar multa à ex e ao estado alemão.
A ausência do tema incomodou internautas e fãs de tênis, que criticaram a escolha editorial do documentário, que se isentou afirmando que o sigilo processual é uma das razões pelas quais o caso não é citado.
Os fãs então destacaram que as informações a respeito do julgamento convertido em multa foram divulgadas pelos próprios advogados do tenista.
Outra parte polêmica é que a grande campanha da norte-americana Coco Gauff, de apenas 19 anos, para a conquista do US Open recebe um total de 20 minutos em toda a temporada do Break Point. A não menos impressionante e histórica conquista do espanhol Carlos Alcaraz em Wimbledon, numa batalha épica contra o sérvio Novak Djokovic, também não recebe mais de 20 minutos de espaço.