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Ivanisevic elogia Djokovic, mas faz ressalva: ‘Ele não é um cara fácil’

Sábado, 02 de dezembro 2023 às 12:47:14 AMT

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Tênis Profissional

Ex-número dois do mundo e atual treinador de Novak Djokovic (1º), Goran Ivanisevic falou um pouco sobre como é a tarefa de ser técnico de um tenista que ganhou tudo no passado e novamente em 2023, aos 36 anos.



“Uma boa analogia seria nomear Novak Djokovic como CEO de uma empresa, e ele procura e exige lucros. Esses ganhos o diferenciam dos outros. Assim como as perdas em uma empresa, se você perder, perde participação de mercado, resultando em queda na classificação. Nole, como qualquer jogador de elite, acha isso muito difícil de lidar”, explicou Ivanisevic ao We Are Tennis.


O croata seguiu relatando momentos tensos ao lado de Djokovic: “Ele não é um cara fácil, vamos colocar desta forma. Especialmente quando algo não sai do seu jeito. Ele estava nos torturando, arrancando nossas unhas e muitas outras coisas, mas não posso dizer. Mas ainda estamos aqui, estamos vivos. Meu coração ainda está bem. Sou um homem mais velho e preciso ter cuidado com meu coração. Estamos aqui para fazer ele se sentir melhor e ter um melhor desempenho. Às vezes não é fácil. Às vezes é muito complicado.”

Perguntado se ainda é possível crer em Djokovic melhorando, Ivanisevic sinalizou que o sérvio já vem nesta toada: “É muito difícil melhorar com ele, mas ele quer fazer isso. Isso é bom e ruim para mim como treinador e para o resto da equipe. Acho que ele melhorou muito os voleios e a posição na rede. Agora, quando ele chega à rede em geral e este ano, ele acerta alguns voleios incríveis. A posição dele na rede é muito melhor, é muito difícil passar. Antes era muito fácil ultrapassá-lo, mas agora ele está confortável na rede. Na final do Aberto dos Estados Unidos, ele acertou dois ou três voleios importantes na final contra Medvedev (3º). Ele não tem medo de subir à rede. Está acertando os forehands com muito mais força. Nos segundos serviços, às vezes chega a mais de 200 quilômetros.”

O campeão de Wimbledon em 2001 ainda mostrou seu velho bom humor quando questionado se dava puxões de orelha em “Nole”: “Quem sou eu para ficar bravo com ele? Ele é o melhor jogador da história do tênis. Às vezes posso ficar com raiva dele quando ele grita conosco sem motivo. Mas não é fácil lidar com ele quando está perdendo o jogo. Na noite de terça-feira, no ATP Finals (o jogo contra Sinner na fase de grupos) terminou tarde. Na quarta-feira não o vimos e até quinta não sabíamos o que estava acontecendo. Estávamos na sala e não sabíamos se íamos para casa ou para o aquecimento contra o Hurkacz (9º). Como todo ser humano, ele tem algumas brigas consigo mesmo. Acho que ele tomou uma boa decisão ao manter a calma. Quando o verdadeiro Novak Djokovic entra em quadra, ninguém pode com ele.”

Djokovic terminou 2023 como campeão do ATP 250 de Adelaide-1, Aberto do Austrália, Roland Garros, Masters 1000 de Cincinnati, US Open, Masters 1000 de Paris e o ATP Finals.

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