Os jornais L'Equipe e Bein Sports confirmaram que a jovem de 22 anos está finalizando sua inscrição para se tornar cidadã francesa depois de passar no exame em novembro passado.
Entende-se que o arquivo foi concluído em 5 de março e foi enviado ao Ministério do Interior, que é o departamento governamental que decide sobre os pedidos de cidadania. No entanto, não se sabe quando uma decisão final será tomada.
Gracheva, que atualmente ocupa o 54º lugar no ranking mundial, treina na cidade francesa de Cannes desde 2016 e mora na França há sete anos. Entende-se que a tenista pensa em solicitar a Cidadania há algum tempo e sua decisão de fazê-lo não tem relação com a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada no ano passado.
Se Gracheva receber a aprovação, ela pode se tornar a segunda maior tenista francesa no ranking da WTA, depois de Caroline Garcia. O país tem atualmente três jogadoras no top 100 – Garcia em No.4, Alize Cornet em No.66 e Oceane Dodin em No.93.
Atualmente, ela está jogando no Miami Open, onde enfrentará Petra Kvitova nas oitavas de final nesta segunda-feira. Gracheva, que ainda não conquistou um título WTA, já conquistou três vitórias sobre as top 10. Ela derrotou Daria Kasatkina duas vezes, assim como Ons Jabeur.
Reagindo ao relatório, o chefe da Federação Russa de Tênis descartou a importância de potencialmente perder Gracheva. Shamil Tarpischev disse ao RBC-Sport que tal situação não será uma 'perda pesada' para sua federação devido à quantidade de jogadoras.
“Enquanto estou quadra de treinamento na Turquia, não tenho informações sobre a transição de Varvara Gracheva, então não posso comentar nada. De qualquer forma, não há perdas pesadas para nós”, disse ele.
“Temos muitos meninas talentosas. Estamos trabalhando para a próxima geração.”
Gracheva ainda não comentou publicamente sobre o assunto. No início deste ano, ela disputou sua primeira final WTA em Austin, que perdeu em dois sets para Marta Kostyuk.