Tsitsipas: 'Se eu jogar bem, os títulos vêm'

Dois sets a zero acima, deixou empatar e foi buscar a vitória na quinta parcial. Stefanos Tsitsipas conseguiu a vitória após quatro horas de duelo contra o italiano Jannik Sinner, 16º colocado.

"Que noite mais espetacular. Sinto como se estivesse há anos nesta quadra. Demos um bom espetáculo, creio que o nível do Jannik no terceiro e quarto sets foi genial. No quinto fiz um ajuste no meu jogo, relaxei o braço e sobretudo meu punho. Isso permitiu que meu tênis voltasse a fluir e meus golpes foram potentes e precisos", disse o grego após marcar 6/4 6/4 3/6 4/6 6/3.

Em entrevista coletiva, o grego seguiu: "O mais importante era estar tranquilo e pronto para a grande batalha do quinto set. É claro que as coisas não estavam indo como eu queria depois de dois sets a zero. Parecia que a inércia mudou drasticamente, pelo menos foi o que me pareceu. Criou-se um vazio que não consegui preencher. No entanto, fiz alguns ajustes técnicos no quinto set, o que me deu a chance de jogar um pouco mais solto. Isso o fez sacar  muito melhor. Continuei me movimentando por toda a quadra, continuei ativo para conseguir devoluções que não conseguia nos sets anteriores, e isso me ajudou a conseguir ter dois jogos de retorno de 0-40 seguidos. Não consegui converter na primeira, mas me dei uma nova oportunidade e consegui fechar a última que tinha. Foi um grande momento para mim."

O tenista não quis saber de rivais e comentou que se jogar bem o título virá: "Não, não. Eu só jogo meu tênis. Os títulos virão se eu jogar bem. Isso é algo que vem naturalmente, eu acho. Se você pode mostrar o seu melhor nível na quadra, eu sinto que o resto das coisas vem, "É o fluxo da lógica. No que diz respeito a colocar pressão sobre mim mesmo... todos nós lidamos com a pressão quando estamos jogando. Estamos em uma corrida diferente a cada jogo, uma corrida com condições diferentes e um jogador diferente do outro. lado da rede. É nisso que a maioria dos jogadores está focada. Não diria que muitos pensam muito em possibilidades futuras, porque o tênis é um esporte em que você deve ficar no presente, caso contrário, sua mente começa a divagar e criar cenários e situações que não o ajudem a estar ao seu melhor nível e a assinar grandes atuações”.

O tenista comentou o quão se sente bem na Austrália onde vai buscar sua quarta semifinal: "Cresci num clima muito parecido com o daqui. Sempre me lembra um pouco de casa. As condições são parecidas. Não é muito úmido e nem muito tropical, posso dizer que é parecido com a Riviera ateniense. Outro motivo é que sempre vejo rostos gregos, muitos gregos falando grego. Quando você está longe de casa, é importante poder ter esse sentimento, essa conexão que o une mais à sua cultura. Andar por aí e sentir isso me faz sinta-se bem-vindo. Claramente este é o meu 'Grand Slam' de casa ', sim, porque Melbourne é a segunda maior cidade depois de Atenas com a maior população grega. Os franceses têm Roland Garros, os britânicos Wimbledon, os americanos o US Open, para mim é o Aberto da Austrália."

Tsitsipas comentou mais sobre a ideia de entregar postais autografados aos torcedores: "É uma ideia que surgiu durante a pandemia. Fomos aconselhados a nos distanciar e todos seguimos isso religiosamente. Também acho uma opção muito boa. Às vezes você não sabe o que vai encontrar ou as pessoas que vai encontrar. Estamos expostos. Os fãs são a coisa mais importante quando estamos na pista. Eles são uma grande parte do motivo pelo qual nos saímos tão bem quando se trata de corrida. Acho importante passar tempo com eles, tanto em treinos e torneios, e dedicar seu tempo a eles. Você mostra a eles que você os aprecia, os respeita e agradece por estarem lá apoiando você. Acho que é importante e sempre será."