Australian Open pode sair de Melbourne e até da Austrália, avisa Tiley

O chefe da Tennis Australia, Craig Tiley, avisou que o Aberto da Austrália pode sair de Melbourne para Sydney ou mesmo para a China, já que dois anos de restrições de público da Covid deixaram o torneio à beira da ruína financeira.

Esse é o alerta feito pelo diretor do torneio e da federação local, Craig Tiley, que disse que mesmo o US$ 1 bilhão do dinheiro dos contribuintes entregue à organização na última década para melhorar o distrito de Melbourne Park não chega nem perto do padrão de outros Grand Slams.

Tiley disse que a TA não está em posição de financiar as melhorias por conta própria porque as restrições de público nos dois últimos Abertos da Austrália deixaram a organização no limite financeiro.

Ele disse ao Herald Sun que as reservas de caixa da TA 'passaram de AU$ 80 milhões para zero, praticamente' como resultado dos limites de multidão da Covid nos últimos dois anos.

A TA estava orçando um recorde de 900.000 vendas de ingressos para o evento do próximo mês para fornecer os fundos necessários, com Tiley admitindo que houve novas conversas sobre mudar o evento de Melbourne devido à crise financeira.

"Eu sei que foi discutido, com certeza", disse ele: "Do ponto de vista pessoal, o Aberto da Austrália deve ser sempre em Melbourne - sempre defendi isso. Mas eu sou apenas uma pessoa. Existe uma organização, existe um conselho, existem partes interessadas e também existe a empresa para o futuro."

Em 2010, houve um forte impulso de grupos de investimento privados em Sydney e Xangai para arrebatar o evento, levando o governo de Victoria a investir US$ 1 bilhão para melhorar o Melbourne Park e manter o evento.

Embora esses gastos tenham melhorado um pouco as instalações, Tiley disse que o grande investimento recente dos outros anfitriões do Grand Slam - Wimbledon, Roland Garros e US Open - deixou Melbourne Park novamente parecendo o primo pobre.

Ao contrário dos outros três, o Melbourne Park é alugado apenas pela TA, não de propriedade, com a instalação sendo controlada pelo governo.