Um dia especial para mais de 150 Meninos e meninas do projeto Tênis na Lagoa - Instituto Mirania Gomes Borges -, que brincaram com os voluntários e professores da escola OLM, comeram bolo e salgadinhos e receberam os presentes na 19ª edição da Festa de Natal na quadra pública de tênis da Lagoa Rodrigo de Freitas, em frente ao clube Monte Líbano.
Crédito: Paulo Marconi
Cada criança escreveu, há menos de dois meses, três pedidos na cartinha com ajuda e orientação de voluntários e professores da escola OLM, e foram presenteadas pelo Papai Noel e pelo padrinho do projeto, Thomaz Koch. Os presentes foram dados por diversos padrinhos que o Tênis na Lagoa possui além de amigos e das tenistas do Jockey Club do Rio de Janeiro.
"Fiquei muito contente de ver as famílias das crianças participando. Pra mim é um orgulho poder proporcionar esperança para as crianças e famílias de que é possível vencer na vida e o tênis é um dos caminhos. É preciso sonhar. Vi a garotada toda feliz, as famílias. Só tenho a agradecer a todos os meus amigos, voluntários, pessoas que estão comigo no projeto, isso é demais", disse Alexandre Borges, coordenador do Tênis na Lagoa.
Atletas de alto rendimento do projeto Tênis na Lagoa, Antonio Vitor e Charles Henrique seguem em preparação para a nova temporada de 2023 e buscam recursos para disputarem os torneios nacionais do tradicional Circuito Rota do Sol, que percorre todo o Nordeste em janeiro com etapas em Salvador, Aracaju, Maceió, João Pessoa, Natal, Recife e Fortaleza. Até o momento mais de R$ 13 mil foram arrecadados. A meta é de R$ 22 mil para cobrir os custos de viagens, hotel e alimentação dos atletas.
O link para doação é o https://www.vakinha.com.br/vaquinha/atletas-antonio-vitor-e-carlos-henrique-competindo-no-nordeste-na-rota-do-sol-2023
No fim do ano passado uma vaquinha foi feita para eles viajarem para o circuito de torneios em Portugal e Antonio Vitor conquistou quatro troféus entre simples e duplas e Charles Henrique venceu nas duplas e foi vice em outros em simples. Antonio Vitor se tornou um dos melhores do país na categoria 16 anos no ranking da Confederação Brasileira de Tênis.
Sobre o Projeto Tênis na Lagoa
Fundado em 2004 por Alexandre Borges, professor e apaixonado por tênis desde a infância, o Projeto Tênis na Lagoa - Instituto Mirania Gomes Borges surgiu inicialmente como uma iniciativa particular para atender crianças e adolescentes de comunidades carentes do Rio de Janeiro. Em 2020, o projeto tornou-se Instituto Mirania Gomes Borges em homenagem à mãe de Alexandre.
Com o objetivo de promover o desenvolvimento humano e a inclusão social por meio da prática esportiva, o projeto utiliza as quadras públicas localizadas em frente ao Clube Monte Líbano, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Teve início assim a oferta gratuita de aulas de tênis para a população em vulnerabilidade social da região.
Tendo como princípios a construção coletiva, o respeito à diversidade, a educação integral e a autonomia, o Tênis na Lagoa começou atendendo inicialmente cerca de 60 crianças de comunidades próximas.
Hoje, mais de 160 crianças e adolescentes são atendidos pelo projeto não apenas com aulas de tênis, mas acompanhamento psicológico, aulas de inglês e yoga, passeios educativos, entre outras atividades. Aqueles que se destacam têm ainda a oportunidade de integrar a equipe de competição, representando o Tênis na Lagoa em viagens por todo o país e até pelo mundo.
Atualmente, Alexandre conta com a ajuda de sua esposa, Paula Borges, um grupo de voluntários e alguns apoiadores conhecidos, como o ex-tenista Thomaz Koch, padrinho do projeto desde a sua fundação. Dezoito anos após o início das atividades, 4.500 crianças já tiveram sua vida impactada pelo Tênis na Lagoa.
O Projeto Tênis na Lagoa atende crianças e adolescentes das comunidades carentes da Rocinha, Vidigal, Cruzada, Cantagalo, Tabajara, Pavão-Pavãozinho, Rio das Pedras, Muzema entre outros na capital carioca.
Muito além de forehands e backhands, o objetivo do projeto é proporcionar a melhoria na qualidade de vida e o desenvolvimento integral de pessoas em vulnerabilidade social por meio da força de transformação do esporte.