Por Fabrizio Gallas - Em bate-papo com o Tênis News, Rafael Westrupp comentou sobre o momento positivo do Beach Tennis do Brasil, que recebeu no meio de novembro o Campeonato
Mundial por equipes com a Itália conquistando o pentacampeonato diante do Brasil em final emocionante.
Leia Mais:
Westrupp destaca força do tênis feminino e busca por um WTA no Brasil
O Brasil teve um crescimento exponencial de praticantes subindo de 400 mil para mais
de 1,1 milhão em um ano e, na temporada, realizou mais de 65% dos torneios do circuito mundial da Federação Internacional de Tênis. O Campeonato Mundial está garantido no país por pelo menos mais uma temporada, em 2023.
"O importante é olhar o retrovisor, é uma construção. Desde 2013, ainda na outra gestão, o Beach Tennis ficou definido para ficar no guarda-chuva da CBT, processo de desenvolvimento da entidade, não só em torneios profissionais, mas também dando capilaridade para que cada federação desenvolvesse o esporte nos estados", apontou.
"Estive em vários lugares sem praia, onde o Beach está sendo desenvolvido. Brasília tem um Sand Series e não tem praia, talvez o maior torneio sem ser por seleções. Finalmente, trouxemos a confiança aos promotores sendo responsáveis pelos eventos com um trabalho institucional muito forte junto à ITF para que o Mundial viesse para cá. De um ano para o outro houve uma evolução estrutural, há um compromisso em se buscar uma melhoria contínua. Tudo isso é um processo, trabalho onde percebemos um engajamento muito grande da comunidade junto à entidade onde a participação dos beachtenistas amadores em torneios junto aos profissionais têm uma adesão muito grande na estratégia do amador ver seus principais ídolos."
De acordo com o catarinense, foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em premiação nos eventos do circuito mundial realizados no país: "Foram mais de R$ 3 milhões distribuídos no Brasil, dando até algumas vezes mais condições no Beach do que no tênis, quantidade de torneios internacionais mais fartos, trabalho forte da entidade. E o ápice é ser o único país no mundo com transmissão pela televisão. A CBT tem um contrato com a Globo/Sportv. Falamos de mais de 75% dos pontos sendo conquistados em torneios no Brasil, esmagadora maioria dos torneios disputados femininos e masculino são no Brasil, suas premiações. Rafa Miiller, Vitória Marchezini, André Baran, Sophia Chow, Allan Oliveira, Vini Font. Eles gastam em real e ganham em dólar.
Ganham cinco e gastam um. Isso tudo pela condição que a CBT vem oferecendo para que o ecossistema para esses atletas seja o melhor e mais digno possível. Pouca gente sabe que o Baran teve mais de 15 jogos ao vivo no Sportv. Rafa Miiller, até agosto, tinha 12 jogos ao vivo. É a CBT oferecendo a possibilidade, atletas reconhecidos na TV, a imagem deles melhora e naturalmente se valoriza. É mais dinheiro para eles, é um valor agregado."
"É uma consequência de um trabalho que exigiu paciência, comprometimento, profissionalismo, engajamento da CBT e a comunidade do Beach Tennis começou a entender quem é quem dentro desse ecossistema. Atletas profissionais, amadores, capilaridade, quantidade de arenas, quadras culminam com mais de 1,1 milhão de praticantes. O Beach Tennis extrapolou a praia. Temos mais quadras fora da praia do que na praia. Temos a Copa das Federações, em Biguaçu (SC), na Arena Maniacs, com 26 unidades federativas. Só Roraima não foi. Existe um organismo sério por trás, toda área técnica por trás."