A tenista bielorrussa Victoria Azarenka, 26ª favorita, explicou o gesto de cumprimento na rede com a ucraniana Marta Kostyuk após derrotá-la pela segunda rodada do US Open, último Grand Slam da temporada.
Azarenka se irritou antes do torneio ao ser impedida de participar de evento beneficente muito por ser criticada pelos tenistas ucranianos. Ao término da vitória nesta quinta-feira as duas fizeram um cumprimento frio só tocando as raquetes, como se fazia no meio da pandemia.
“Não fiquei surpresa, de verdade, embora também não ache que seja importante, não há necessidade de fazer um grande negócio com isso. Eu sempre aperto a mão das minhas adversárias, essa mesma situação aconteceu comigo com Yastrmeska em Washington, é o que é. Temos que seguir em frente, não posso forçar ninguém a apertar minha mão, a decisão é delas. Isso me fez sentir mal? Vamos dizer que isso não é a coisa mais importante agora."
A tenista se disse disposta a ajudar com o caso da guerra: "Eu me ofereci muitas vezes através da WTA, é uma questão muito sensível, mas eles me disseram que não é um bom momento. Nunca tive uma relação próxima com a Marta, sei quem ela é, mas nunca tínhamos treinado juntas, nunca tínhamos falado. Em março, quando tudo aconteceu, entrei em contato com todos os jogadores ucranianos que conheço pessoalmente e com quem tenho um bom relacionamento. Senti que me forçar a falar com alguém que pode não querer falar comigo por diferentes razões era a abordagem certa, então fiz isso. Desde o início, tive uma mensagem muito clara, estou aqui para ajudar, mas nem todas as pessoas veem dessa maneira. Mas não faço por isso, faço porque tem gente que precisa mesmo."
“Para mim o mais importante é ajudar, tem jovens que precisam de roupas, outros que precisam de dinheiro ou outros que precisam de transporte. Isso é o mais importante para mim, ajudar quem precisa. Se a Marta quiser falar comigo, como fez ontem, eu respondo. Estou aberta a ouvir, entender qualquer pessoa e simpatizar. A empatia neste momento é fundamental, essa tem sido a minha mensagem desde o início. Vou mantê-lo, o que está acontecendo no mundo agora é muito difícil, não devemos esquecer que somos todos humanos e é assim que devemos nos tratar”.