Thomaz Bellucci concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira em Oeiras, em Portugal, após vencer dois jogos e furar o quali do challenger no saibro com premiação de 45 mil euros.
O tenista não atuava desde novembro e não vencia há um ano. Ele enfrentará nesta terça-feira o português Gonçalo Oliveira pela chave principal.
Bellucci, de 34 anos, comemorou as vitórias e jogar sem dores: "Fazia quase oito meses que não jogava torneios, última vez sem ganhar dois jogos seguidos mais de um ano. Estou feliz, tive uma série de lesões que me prejudicaram nos últimos anos. Para mim estar jogando saudável, sem dor, conseguir fazer dois bons jogos, independente do torneio, fico feliz. Tentar continuar jogar assim com nível bom de jogo", disse o tenista que nem estava inscrito no evento e entrou de alternate.
"Não estava programado. Há duas semanas atrás eu nem estava treinando e conseguimos voltar aos treinos e conseguir ganhar dois jogos. Estou no lucro. Mas estou jogando bem, me sentindo bem, acho que dá pra ir mais longe . Estou acostumado a jogar aqui, tenho treinado aqui", seguiu o atual 1104º colocado.
Ao ser questionado sobre prazos e objetivos, Thomaz só quer jogar sem dores e com a avançada idade deu um prazo até o fim do ano: "Só quero jogar sem dor, sem me lesionar . Como nos últimos anos não tenho jogado muitos torneios seguidos, sempre vinha jogando dois ou três e me machucava, você não consegue pegar ritmo de jogo . A sensação de vir competir é totalmente de treinar. Quero voltar a jogar os grandes torneios. Vou ter que voltar a jogar future, talvez até quali de future, tomara que passe rápido disso. Meu objetivo é ter uma sequência de torneios para conseguir ganhar ritmo, estar jogando vários jogos na semana. Pra mim é o mais importante. Não tenho objetivo de ranking, vou ter meu ranking protegido para disputar torneios. Até o final do ano tenho perspectiva de continuar jogando, vou ficar com 35. Se até o final do ano estiver me sentindo bem, com perspectiva de voltar ao top 100 , com condições, daí vou seguir jogando ainda mais, mas por enquanto vou seguir semana a semana".
Thomaz comentou sobre as dúvidas que teve durante os últimos anos com as lesões e até os pensamentos seguidos sobre aposentadoria: "Depois que você deixa o top 100, o top 200, bate aquele desânimo, você vê as coisas muito distantes, vem as lesões. Pensei várias vezes em parar de jogar. Aos 34 anos ter que começar tudo de zero, hoje o nível é muito equilibrado. Se você não estiver jogando bem não vai ganhar nem em quali de challenger. O mais difícil pra mim hoje em dia é treinar, estar abdicando de várias coisas com 34, 35 anos, estou nessa corrida e ainda achando alguma motivação e continuar treinando bem e sinto estar evoluindo pouco a pouco".
Thomaz contou sobre a lesão no joelho no começo do ano, ficou parado por três meses e nova lesão nas costas quando estava para voltar. Ele voltou a treinar há menos de um mês: "Estou sentindo que meu corpo está respondendo".
O brasileiro vai tentar por enquanto convites em qualies de challengers pela Europa e em alguns outros usar o ranking protegido onde tem nove disponíveis, mas também destacou: "É mais fácil subir jogando challengers, mas se tiver que jogar, vou jogar futures".
Thomaz está treinando com André Podalka que tem base em Portugal.