Logo após fazer história para o tênis da Noruega e tornar-se o 1º do seu país na final de um torneio do Grand Slam, Casper Ruud conversou com o ex-top 10 Fabrice Santoro em quadra e falou sobre a emoção de enfrentar o ídolo na grande final.
Ruud iniciou a entrevista em quadra falando da vitória sobre Cilic: "Foi um grande jogo da minha parte, não comecei muito bem, Marin estava sacando muito bem e eu estava muito na defensiva e, então, eu consegui quebrá-lo no segundo set e a partir desta quebra consegui jogar meu melhor tênis este ano, sacando bem e sendo agressivo. Estou muito feliz com a vitória hoje”.
Questionado sobre a mudança de tática em quadra para buscar a virada, o norueguês ponderou: “Marin é um desses jogadores que mais joga rápido no circuito, faz grandes saques e estava vindo bem à rede. Então, eu percebi que tinha de estar ali atrás um pouco mais e buscar o contra-ataque, tentando bolas ainda mais rápidas e funcionou”.
Ruud contou ainda que tem trabalhado para demonstrar calma em quadra: “Eu tenho trabalhado nisso. Quando eu era mais novo, eu chorava muito e eu fui crescendo, amadurecendo. Então eu passei a observar Rafa, que nunca reclama. Pra mim ele é um grande exemplo disso, de não reclamar em quadra, não desistir e trabalhar duro. Ele é o meu ídolo da vida”, confessou.
Ruud encara na grande final o ídolo e falou sobre o que espera do jogo. “Ele é o último dos jogadores do Big 3 a quem vou enfrentar. Pra mim, o momento é perfeito. Jogar uma final de Grand Slam será um momento muito emocional pra mim, espero que pra ele também, apesar de que ele já jogou muitas finais e Grand Slam".
Na coletiva de imprensa mais tarde, Ruud seguiu: "Enfrentar Rafa em uma final de Roland Garros é provavelmente o maior desafio deste esporte. Acho que ele está 13 a 0 na final de Paris, o que mostra que pode parecer uma tarefa impossível. Mas é claro que vou tentar como as outras 13 pessoas antes de mim. Obviamente vai ser difícil."
“Todos nós sabemos o grande campeão que ele é e o quão bem ele joga nos maiores momentos e nos maiores jogos. Vou tentar aproveitar. Serei o azarão e tentarei hoje à noite sonhar com grandes vencedores e trocas de bolas inacreditáveis, porque é isso que vou precisar para ter alguma chance, e vou ter que jogar o meu melhor. Mas ainda tenho que acreditar que posso fazer isso, e acho que parte do meu jogo hoje estava funcionando muito bem. No final, eu estava jogando muito bem no terceiro e quarto set.”