Ymanitu Silva, número 11 do mundo no ranking da categoria Quad de cadeirantes e atleta da ADK Tennis, de Itajaí (SC), está na final de duplas de Roland Garros, um dos quatro Grand Slams do ano, disputado em Paris, na França.
O catarinense e o australiano Heath Davidson derrotaram a dupla do americano David Wagner e o britânico Andy Lapthorne por 1/6 6/4 10/8 e buscarão o título na sexta ou no sábado contra os vencedores dos cabeças de chave 1, o holandês Sam Schroder e o Niels Vink e a dupla do japonês Koji Sugeno e do sul-africano Donald Ramphadi.
"A semi de duplas foi muito emocionante, saímos de um primeiro set eles em um nível muito alto, voltamos no segundo, fiquei bem feliz pois eles fizeram o jogo todo em cima de mim, consegui segurar bem e crescemos no match tie-break. Vimos que era possível, fiquei feliz pois segui aguentando com o jogo foi novamente em cima de mim. Fui junto com meu parceiro, na garra , saímos de quadra felizes com o resultado e agora buscando esse título de duplas para o Brasil. Poder participar de uma final de Roland Garros é um marco para o Brasil e minha carreira, me deixa muito feliz", disse Ymanitu.
Em simples ele foi superado pelo quarto do mundo, o americano Wagner, por 6/1 3/6 6/4 após 1h57min de duração: "O primeiro set não consegui achar a bola, ele estava em um dia inspirado, sacou muito, veio com muita gana, inspirado, veio com muita gana. Voltei pro jogo no segundo, no início do terceiro ele voltou forte, abriu 2 a 0, 4 a 2, reencontrei meu melhor tênis, voltei para 4 a 4, tive quatro chances de confirmar meu saque, mas ele conseguiu a quebra, depois ele veio sacando muito bem, com nível alto. Fiquei triste pois escapou as minhas mãos. Mesmo assim estou feliz com meu rendimento mais alto, é jogo a jogo, cada partida é uma história, não é porque tinha vencido duas vezes antes que venceria hoje, foi o dia dele hoje.", disse Ymanitu que participa pela segunda vez do Major francês.
"Estou muito feliz por estar aqui em Roland Garros, um Grand Slam, mostra o trabalho duro que venho fazendo em conjunto com a equipe da ADK, do Itamirim, está dando certo com apoio dos patrocinadores e da CPB (Comitê Paralímpico Breasileiro). Falta é jogar mais partidas no circuito que esses caras, aprendemos a jogar com os melhores".