Em busca de um título inédito para sua coleção de Grand Slams, a japonesa Naomi Osaka, ex-número 1 do mundo e atual 38ª, vai encarar a disputa de Roland Garros, mesmo que não esteja 100% para apagar o mal entendido da edição 2021.
Em 2021, buscando preservar-se emocional e mentalmente, Osaka informou antes da disputa de Roland Garros que não falaria com a imprensa, nem mesmo em coletivas, buscando chamar atenção para os cuidados com a saúde mental. Entretanto, Osaka foi obrigada pela organização do torneio a conceder uma entrevista em quadra após sua vitória, que não correu bem. Na partida seguinte, em razão de lesão, Osaka desistiu do torneio sem entrar em quadra e ampliou o mal-estar com a organização.
Este ano, a postura de Osaka é diferente e neste primeiro dia de entrevistas em Paris, conversou com os jornalistas e contou que mesmo sem estar 100%, não deixaria de competir no Slam francês: “Não tem como eu não jogar Roland Garros. Então é preciso saber lidar com as coisas. Joguei muitos Grand Slams à base de analgésicos. De fato, na Austrália, quando joguei contra (Petra) Kvitova [Australian Open 2019], por cinco games tive problemas nas costas. Então acho que talvez haja uma chance de eu jogar muito bem quando estou lesionado, porque sinto que não tenho nada a perder".
A estreia da japonesa é contra a perigosa americana Amanda Anisimova, mas ela está preparada: “Sinto que há um número limitado de anos em que posso jogar tênis, então tenho que aproveitar ao máximo. Sei que há muitos outros jogadores possivelmente lesionados e que querem jogar este torneio. Acho que, para mim, um pequeno aborrecimento não deve ser grande coisa”.