Após se reencontrar com vitórias em nível Masters 1000 na estreia em Roma, o britânico Cameron Norrie conversou com os jornalistas e falou um pouco da sua evolução no saibro e analisou a ascensão do espanhol Carlos Alcaraz.
Questionado sobre sua evolução no piso, bastante considerável nas duas últimas temporadas, o britânico pontuou: “Crescendo na Nova Zelândia, nunca joguei no saibro. Acho que a primeira vez que joguei uma partida no saibro eu tinha 16 ou 17 anos, naquela época era bem novo para mim. Sinto que tenho um jogo para acertar mesmo, ter um forehand muito pesado, que melhorei muito. Quando me divirto em quadra e me movimento bem, percebo que posso ser difícil de bater. Estou muito feliz com o meu desempenho na semana passada, jogando perto do nível do melhor, o melhor jogador do momento. Agora sinto que tenho um bom jogo no saibro".
“Ele está jogando com muita confiança, ele acredita em si mesmo. Toda vez que os grandes momentos chegam, algo acontece onde ele faz as coisas melhor que o rival, ele é desencadeado nos momentos-chave. Ele tem muitas opções em cada jogada e, além disso, usa muito bem o drop shot, o executa de forma incrível. Ele também tem um ótimo forehand, e pode abrir qualquer ângulo ou colocar (a bola) em qualquer lugar, você tem que estar pronto para qualquer coisa. Ele sempre dá os golpes certos, toma decisões muito boas nos momentos importantes, tem um jogo muito completo", opinou Norrie.
"Carlos também tem maturidade e confiança para apoiá-lo em momentos-chave, situações de pressão. Agora todo mundo fala que ele será o próximo Nadal, ele está recebendo todo tipo de comparação, é legal ver alguém tão jovem fazendo tudo isso", completou.
Cameron Norrie ainda foi questionado sobre onde vê o jovem espanhol mais forte e pontuou: “Acho que se você perguntar a ele, ele diria que gosta mais de quadras duras, embora tenha um jogo muito completo. O saque dele melhorou muito, ele tem muita movimentação no saibro, no piso rápido, ele bate muito forte nos dois lados. Acho que ele tem um bom jogo para todas as superfícies, um jogo muito completo. É um jogador decente (risos), ultimamente sinto que nas minhas entrevistas falo 50% de mim e 50% do Carlos (risos)”, finalizou.