Tomic confessa distrações na carreira e sonha com o top 10

O australiano Bernard Tomic confessou distrações ao longo da carreira em declarações ao The Courier Mail e ter tido sua carreira prejudicada por essa falta de foco. Ele acredita que poderia ter sido top 5.

"Para ser sincero, tive muitas distrações externas. Fui muito bem-sucedido quando era jovem e tudo isso acabou me afetando. Torneios, viagens, dia a dia ... Aos 25 anos estava cansado e comecei a falar besteiras na mídia. Não estou nem perto do meu auge. Sei que voltar a essa (versão mais ideal) leva meses e meses. A única razão pela qual vou jogar o quali na Austrália é porque acontece aqui. Se fosse em Doha, não iria. Faltam quatro semanas e meia e farei o meu melhor para o fazer bem", disse o tenista atual 254 do mundo.

Tomic  não participa de um evento profissional desde setembro, quando caiu na primeira rodada do quali no ATP 250 contra Maxime Cressy. Lá, ele sofreu uma fratura em um dos dedos e, desde então, está em um período de reabilitação. "No ano passado não treinei por sete meses e ganhei quatro partidas do Grand Slam. Vamos ver como meu dedo está. Nas próximas semanas, irei tente acertar muito mais ", explicou.

“Tem gente que tem 40 anos e está entre os 50/100 melhores. Não quero jogar até essa idade. Não é algo pelo qual luto. Sei que sou bom, mas não me vejo jogando até lá. Quero dar a mim mesmo outra oportunidade, de fazer a coisa certa na pista e depois poder me aposentar com alegria. Acho que vou fazer isso pelos próximos cinco anos ", disse ele.

“Tenho mais uma chance. Um ano terminei em 17º lugar e poderia estar entre os 5 primeiros e competir nos Grand Slams. Não sou o mesmo de quando tinha 18 ou 20 anos. O tempo muda as pessoas, eu sou mais maduro, não sou aquele garoto estúpido ", assegurou.

“Os momentos de pressão, jogando contra os 'grandes'. Vencer, perder, ter aquela sensação. Você sente falta desse tipo de coisa. Também o público quando fica atrás de você em um jogo. Nos últimos anos não tenho estado muito nem concentrado nem mentalmente na cena. Agora percebi que tenho que fazer a coisa certa, me manter saudável e dar outra chance ao tênis. Quero ter um clique pelos próximos cinco anos e voltar ao topo ", disse. E avisou: "Tenho um objetivo e é chegar ao top 10. Aos 17 anos fiz a 60%, por isso calculo que o possa alcançar em duas ou três temporadas."