A tarde de terça-feira foi de muita torcida e duas grandes vitórias brasileiras no 11º Campeonato Internacional de Tênis, na Sociedade Hípica de Campinas.
Felipe Meligeni confirmou o favoritismo jogando em casa e nas oitavas de final vai rever seu algoz de um ano atrás no torneio. Já o paulista Gustavo Heide, de 19 anos, aproveitou o convite que recebeu para jogar o primeiro Challenger e marcou a maior vitória da carreira, em longo duelo de três sets.
Meligeni superou um início de altos e baixos, em que chegou a sofrer duas quebras de saque seguidas, e passou em sets diretos pelo argentino Guido Andreozzi, 265º do mundo, por 6/3 6/4.
“A primeira rodada sempre é cheia de nervosismo. Foi complicado, o Guido é um cara experiente, eu não estava me sentindo muito bem no começo, mas acho que foi mais mental e eu fui melhorando aos poucos durante o jogo. Joguei bem nos momentos importantes e estou muito feliz. Jogar em casa e com a família junto é muito especial”, comentou Meligeni.
Com o melhor ranking da carreira (178º), o campineiro de 23 anos vai reencontrar nas oitavas de final seu algoz da edição passada do torneio. O argentino Francisco Cerundolo, 112º e cabeça de chave 8, bateu Meligeni na semifinal na campanha do título em 2020.
GUSTAVO HEIDE ESTREIA EM CHALLENGER COM VITÓRIA
Aos 19 anos, Gustavo Heide ainda não havia disputado sequer o qualifying de um Challenger nem enfrentado um top 300 do ranking mundial. Nesta terça, fez valer o convite que recebeu após grandes resultados recentes em torneios ITF World Tennis Tour – desde setembro, acumula títulos nas duas etapas do Brasil Tennis Classic (Recife e Brasília) e em Ibague, na Colômbia.
O rival na Quadra 3 foi o argentino Juan Ignacio Londero, dono de um título de ATP, ex-número 50 do mundo, atual 144 e que no domingo foi vice-campeão do Challenger de Montevidéu. “Eu já sabia desses resultados e não tinha nada a perder, foi o que conversei com o meu treinador”, contou Heide após a partida. “Sabia que aqui ia ser um torneio muito forte, então entrei o mais solto possível, fazendo o que eu amo fazer, que é jogar tênis. Fui mantendo o foco, o que eu vinha treinando e deu certo”.
Até “dar certo”, o paulista lutou por 2h24 para marcar 7/5 4/6 6/4. Ainda em quadra, também foi difícil descrever a sensação com a maior vitória da carreira. “Consegui jogar de igual pra igual e consegui a vitória. Não sei nem como me expressar direito. Estou muito feliz, só tenho a agradecer aos meus treinadores, todos que me ajudam e torcem por mim”, completou Heide, 596º da ATP. Ele aguarda na próxima rodada o argentino Juan Manuel Cerundolo, cabeça 3, ou o campineiro Matheus Pucinelli, que fecham a rodada desta terça.