ATP se junta à ONU em prol do clima e assume compromisso de emissões zero

Em ocasião da realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP 26), a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) anunciou que é signatária de compromisso do clima.

A ATP se uniu a outros órgãos ligados a esportes e governos para assinar o compromisso Esporte para Ação Climática da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem o ambicioso objetivo de reduzir até 2030 em 50% todas as emissões de gases do efeito estufa no circuito profissional, com meta de zerar as emissões em 2040.

A iniciativa recebe a sigla em inglês UNSCA e foi integrado ao programa ATP Serves "para acelerar e reunir esforços de sustentabilidade em todo o circuito". O ATP Serves é um projeto da ATP que busca incutir novas culturas no circuito, melhorar e ampliar o alcance do esporte e torná-lo sustentável e rentável.

Para colocar o plano em ação, a ATP contratou três especialistas em sustentabilidade, os britânicos onatahn Smith, Amanda Curtis e Kate Chapman, que construíram uma agenda de longo prazo para que a associação desenvolva ações de responsabilidade socioambiental e que reduzam os impactos de suas operações.

Por ter parte do calendário em torneios ao ar livre, o circuito profissional de tênis é diretamente atingido pelas mudanças climáticas ao redor do planeta. Nos últimos anos, as edições do Australian Open têm gerado até problemas de saúde em tenistas dados problemas ambientais. Em , por exemplo,  a eslovena Dalila Jakupovic precisou abandonar uma partida em Melbourne por não conseguir respirar. Na ocasião, a Austrália viva um dos maiores incêndios ambientais da sua história e até horas antes do início do torneio, a disputa do Grand Slam esteve ameaçada.

Este ano, foi o calor de Miami que levou o jovem britânico Jack Draper colapsar em quadra durante um jogo do Masters local (foto 1) . Já em Buenos Aires, também este ano, a cazaque Yulia Putintseva deixou a disputa da Billie Jean King Cup de maca, ao não suportar o calor.

O calor também foi um problema durante a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, este ano, que precisou de uma ação coletiva de atletas, liderados pelo numero 1 do mundo Novak Djokovic, para mudar os horários da partida para o meio da tarde no horário local. Mesmo assim, muitos atletas foram prejudicados e a espanhol Paula Badosa não suportou os 40ºC em quadra e precisou abandonar sua partida diante da tcheca Marketa Vondrousova.