O presidente da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), o italiano Andrea Gaudenzi, concedeu uma entrevista ao jornal francês L'Equipe, na qual falou sobre a taxa de vacinação do top 100 e as negociações para o Australian Open.
As especulações sobre a cobertura vacinal entre os profissionais do circuito, não apenas tenistas, são bastante próximas ao que relata Gaudenzi. Na semana passada, a ATP confirmou oficialmente que 65% dos atletas do top 100 estava vacinados com as duas doses de qualquer vacina para Covid-19 e a taxa é superior entre os demais profissionais do circuito : equipe da ATP, médicos, fisioterapeutas, treinadores, psicólogos, preparadores físicos e outros.
Gaudenzi está otimista com a ampliação da taxa de vacinação: "A taxa de vacinação entre os tenistas está aumentando progressivamente", iniciou ele falando do circuito profissional como um todo. "Nós da ATP sempre incentivamos e agora estamos com cerca de 70% (de cobertura vacinal). Entretanto, estamos prevendo que em um ou dois meses alcance entre 85 e 90% o número de tenistas com duas doses da vacina".
A grande polêmica da vez é a indefinição da necessidade ou não de vacinação para se entrar na Austrália para competir torneios prévios e o próprio Australian Open em janeiro de 2022. As autoridades do país, no momento, afirmam que exigirão vacinação completa de qualquer pessoa que for ao país trabalhar no torneio. A federação australiana (Tennis Australia), por sua vez, tenta negociar as condições já que alguns dos principais atletas do mundo entre homens e mulheres não estão vacinados e supostamente gostariam de evitar a vacinação.
Gaudenzi deu a entender ao L'Equipe que a ATP não negociará esse tipo de tratativa e cumprirá as condições impostas pelas autoridades governamentais e de saúde de cada país e isso inclui a Austrália.
"Para nós da ATP, a única coisa que nos garantiu a Tennis Australia é que se um tenista que estiver vacinado e tiver o contato com uma pessoa positiva para Covid-19, estando na Austrália, poderá fazer um teste e se o resultado for negativo, não precisará ficar de quarentena", revelou Gaudenzi deixando claro que não há definição para nenhum outro tópico das negociações: "Confiamos que o governo australiano vai permitir que os tenistas não vacinados possam competir".