Por Gustavo Loio - As lágrimas que Luísa Stefani e Laura Pigossi derramaram após a inédita conquista do bronze olímpico têm enorme significado. Num país que jamais foi uma potência no tênis e que investe tão pouco na modalidade, como o Brasil, o tamanho do feito destas duas gigantes é surreal.
As lágrimas desta dupla dourada representam, entre outras virtudes, a luta de quem jamais desistiu. Neste sábado foram quatro match points salvos em seguida (a dupla russa formada por Elena Vesnina e Veronica Kudermeova abriu 9/5 no supertiebreak e levou a virada).
Ao todo, as paulistas Stefani e Pigossi salvaram oito match points na campanha. Outros quatro foram nas oitavas de final contra as tchecas Karolina Pliskova e Marketa Vondrousova.
Stefani e Pigossi entraram em cima da hora na chave olímpica e superaram um obstáculo por vez. E escreveram um capítulo inédito e magnífico na história do nosso tênis.
A conquista das duas vai muito além do tênis. Viva a resiliência de Stefani e Pigossi. Viva a raça das duas na disputa por cada bola.
Que mais meninas e meninos se inspirem neste feito para, igualmente, jamais desistir.
Nosso muito obrigado por tanto, Laura e Luisa!
Sobre Gustavo Loio
Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.