Murray declara sentir falta da pressão por grandes resultados

Desde sua lesão no quadril em 2018 e as duas cirurgias por que passou, Andy Murray não tem conseguido os mesmos resultados. Seu último título foi em Antwerp, em outubro de 2019, mas desde então não passou da terceira rodada nos torneios que disputou. Ainda assim, o britânico segue motivado a retomar seu melhor nível e quer voltar a jogar grandes partidas.

Em entrevista em meio à preparação para Wimbledon, Murray declarou sentir falta da pressão que tinha anteriormente. O tenista diz estar motivado, mas deseja ter novamente a sensação de chegar mais longe nas competições maiores e ter a adrenalina de jogar duelos mais “importantes”.

“Eu sinto falta dessas partidas, de jogar em uma quadra central, coisas assim. Sinto falta da pressão desses momentos; são experiências que eu quero voltar a ter. Houve momentos em minha carreira que estive ansioso para sentir essa pressão, e agora busco recuperar isso, pelo menos tentar. Há muitas coisas que me encantam no tênis, inclusive a rotina diária das coisas; o objetivo de se aprimorar todos os dias me encanta.”

Murray comentou sobre como tem sido sua preparação mental e física para os torneios. Segundo ele, essa parte tem sido difícil e, às vezes, é necessário se organizar e abrir mão de algumas coisas para conseguir outras.

“Tenho sofrido muito com a preparação mental e física nos últimos anos, com muitas lesões. Eu sei o quanto eu tenho que me esforçar para superar cada uma delas, algo com que sofri também com o torneio de Queen’s. Estava ansioso para jogar, mas pensei no risco de me lesionar e perder Wimbledon; não quero que algo assim volte a acontecer, assim como ocorreu no Australian Open. É complicado fazer essa gestão mental. A acumulação de minutos é difícil, mas devo manter a mesma mentalidade que tenho nos treinamentos”.

Além do Major londrino, o britânico também tem as Olimpíadas de Tóquio como objetivo para esse ano. Ele comentou que está empolgado para os dois torneios e espera poder competir bem em ambos.

“São dois grandes eventos que aguardo com ansiedade, apenas espero que meu corpo se mantenha firme. Os treinamentos tem sido muito bons, mas isso não significa que não possam vir a ganhar de mim na hora da competição. (...) No momento, estou competindo bem com aqueles contra quem tenho jogado, e eu penso que se meu corpo estiver bem, posso me sair ainda melhor; posso voltar a jogar contra os maiores jogadores”.