Rafael Nadal concedeu entrevista coletiva e comentou sobre o momento atual da pandemia e diminuição da premiação nos torneios. Ele contou que esteve em reunião com o Conselho dos Jogadores por mais de quatro horas discutindo o tema
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"O ambiente no vestiário é sempre bom, não há problemas. Sobre a diminuição, estou no Conselho dos Jogadores e é claro que falamos disso. Outro dia estivemos reunidos das 16h até depois das 21h. Para que o circuito funcione é preciso uma coisa clara: tudo tem que funcionar bem. Aos jogadores têm que sair rentável, mas aos promotores e organizadores também. Se eles não fizerem negócio, para nós não há circuito", disse o espanhol após bater o australiano Jordan Thompson por 6/1 7/6 (7/3).
"Agora é momento de estarmos juntos, sermos flexíveis e nos apoiar uns aos outros ao máximo para sobreviver a esta pandemia. Temos que tentar que quando isso passe o circuito siga desfrutando de uma saúde econômica geral positiva. É momento de apertar o cinto, tanto torneios como jogadores e fazer esforço para que tudo siga adiante. Tanto jogadores como torneios estamos remando na mesma direção e agora mesmo é o que é preciso fazer, não é momento para que alguns busquem seu benefício pessoal nesse momento particular".
Nadal comentou como vem se sentindo após dois jogos em Paris e sobre a vitória desta quinta: "Ano passado estava muito bem, um dos melhores momentos que estava, mas aconteceu o problema abdominal. Este ano sou muito consciente que levo muito tempo sem jogar aqui, mas ganhei duas partidas e isso era o mais importante. Agora vou dar um passo a mais e tentarei amanhã".
"O primeiro set foi bom, consegui quebra em dois games, fui agressivo e com bons golpes na direita. No segundo mudou ele sacou muito melhor que o primeiro, eu não estive todo fino e isso nos levou ao tiebreak. Só sofri no saque com o 6/5 e salvei um set-point, estive no limite. Soube sofrer quando tive que sofrer e arreamatar quando tive que arrematar. Por momentos bem, por momentos cometi mais erros do que gostaria, mas saio satisfeito".
Nadal afirmou ainda querer melhorar tudo: "É trabalho de cada dia, consertar aquilo que não está funcionando tão bem e aprimorar o que está funcionando. Fazia um ano que não jogava em piso coberto e faz parte do processo. Necessito seguir adiante e esse tipo de partida ajuda tanto de ontem como ode hoje. Preciso ganhar mais jogos nessa superfície". Seu rival desta sexta será o compatriota Pablo Carreño-Busta, 15 do mundo.