Schwartzman dispara contra a ATP: 'É uma loucura o US Open'

O tenista argentino Diego Schwartzman, 13º do mundo, disparou contra a ATP sobre as condições que os tenistas terão para joar o US Open em meio a pandemia e também a falta de aviso do cancelamento de torneios como Washington.

Schwartzman já havia reclamado em março por ter sido avisado pela imprensa pelo twitter sobre o cancelamento de Indian Wells no início da pandemia do coronavírus.

Em declarações ao Millenium Sports ele voltou a questionar: "O cancelamento de Washington viria, mas acabamos sabendo pelo twitter. Não teve um aviso oficial da ATP, que mandou um comunicado mais de meia hora depois que foi anunciado em diversos meios de comunicação. É uma loucura a forma como comunicam com os tenistas e creio que não estão sendo conscientes do difícil que é viajar entre distintos países atualmente",disse o argentino.

"É evidente que a situação assim escapa da sua capacidade, mesmo que também tenham tomado boas decisões. Não defender os pontos do ano passado é uma grande ideia porque nãoobriga os tenistas a ter que ir sim ou sim com pressão em determinados eventos".

Sobre o US Open ele foi enfático: "É uma autêntica loucura as condições que planejaram. Vou jogar porque necessito, é meu trabalho, mas ir a um torneio de Grand Slam depois de sete meses sem competir, podendo estar em quadra com somente um acompanhante e tantas regras complexas me parece tremendo. Não vejo sentido voltar a jogar dessa maneira, sendo tudo rebuscado"

Schwartzman viajou para Miami onde estará treinando nas próximas semanas, depois terminará sua preparação nas Bahamas.

"Minha intenção é jogar tudo e ir vendo. Vou estar com meu preparador físico, meu treinador Juan Ignacio Chela e minha mulher. Nos pediram testes negativos em todos os países que iremos. Tinha esse voo para preparar para Washington, mas com o cancelamento terei que investir outra semana longe de casa treinando. Planejar esse ano é muito difícil tal como estão as coisas, mas prevejo jogar cincinnati, Nova York, Madri, Roma e Paris. Se perder na estreia do US Open, jogarei Kitzbuhel".