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Bia Maia destaca treinos em Itajaí, busca nova volta por cima e sonha com Slam

Quinta, 16 de julho 2020 às 13:58:30 AMT

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Tênis Profissional

Treinando há mais de um mês na ADK Tennis, no Itamirim Clube de Campo, Beatriz Haddad Maia, ex-top 60 do mundo, destacou a importância de estar com vários outros bons nomes do tênis nacional na parceria com a Confederação Brasileira de Tênis.



Bia vem alternando seus dois períodos de treinamento com Carol Alves Meligeni, medalha de Bronze nas duplas, quarta colocada em simples nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, e titular do time do Brasil da Fed Cup, e a ascendente carioca Ingrid Martins, que conquistou dois títulos no começo do ano antes da pandemia. As três estão entre as dez melhores do Brasil. A ADK Tennis em parceria com a CBT recebe também quatro dos dez melhores do Brasil no masculino.

"Está sendo muito bom.Complicado para todo mundo, mas conseguimos unir a maior parte das jogadoras que estão precisando treinar e a CBT abrir as portas conseguir fazer essa coisa que sempre quisemos de ter os atletas do mesmo lugar. Eu sempre quis ir para fora (do Brasil) justo por isso para ter gente para treinar, ter ambiente competitivo, sempre ia para os Estados Unidos por conta disso e agora tenho o privilégio de estar aqui com todo mundo, tá sendo muito positivo", disse a canhota que vem sendo orientada pela equipe de profissionais da ADK Tennis e segue em contato com seu treinador principal, o argentino Germán Gaich e com presença de seu fisioterapeuta Paulo Roberto.

"Tá sendo muito legal aqui pois os próprios treinadores da ADK estão em contato com meu treinador, meu fisioterapeuta é daqui, minha equipe de preparação física em contato . Sempre trabalhei em equipe, todos os dias à noite nos falamos, nos organizamos para o dia seguinte, Germán está sempre a par dos treinos, eu me conheço bastante , acaba tendo o feeling do que é preciso. Aqui temos muitas opções de variedade de pessoas, jeito de jogar, forma que cada um joga. Estou em bastante contato com o German", seguiu a tenista de 24 anos que pretende não só ficar nesse período pré-competição, mas usar a ADK Tennis/Itamirim Clube de Campo futuramente.

"Temporadas eu posso fazer aqui na ADK, não só em período de quarentena, o ambiente aqui é muito positivo. Não impede de ter minha equipe, meu preparador e estar aqui na ADK com o pessoal, isso é o mais legal de fazer o intercâmbio, que é o que acontece lá fora. "

O circuito feminino está previsto para retornar em 3 de agosto na Europa e nos Estados Unidos no meio do próximo mês. Por conta do doping,que foi liberada para jogar no fim de maio, e da pandemia do coronavírus, ela está há 13 meses sem atuar, a tenista caiu para o 286º lugar do ranking e os torneios ITFs nessa faixa ainda não estão confirmados.

"Não tenho data clara de retorno por conta da volta do circuito. Mas ainda enquanto as fronteiras ficarem fechadas, fica tudo bem complicado, bem difícil para os esses torneios, difícil se organizar. Por enquanto vou ficar por aqui em Itajaí, não é o momento de viajar, ficar aqui é um lugar onde todos têm o mesmo objetivo, esperando a mesma coisa, mesmo foco, por enquanto vou ficar aqui".

Mesmo sem o calendário claro nas próximas semanas, a jogadora espera ainda competir esse ano: "Espero que sim (risos). Um ano e um mês que não compito, realmente foi muito difícil pra mim os últimos meses, principalmente antes da pandemia e depois que senti que muita gente estava na mesma foi um pouco mais confortante, mas é muito triste ver tanta gente morrendo, é uma situação que não queria estar vivendo , realmente bem complicado".

A jogadora viu sua parada de mais de um ano como um novo recomeço. Ela já passou por três cirurgias e está acostumada com as renovações. E após sua campanha em Wimbledon em 2019 quando derrotou espanhola Garbiñe Muguruza, ex-número 1 do mundo e que tem título não só em Londres, mas em Roland Garros, se tornou ainda mais confiante para atingir dois sonhos

"Meu sonho é ganhar um Grand Slam, acredito que posso estar entre as 20 melhores do mundo. A partir dali o funil é bem mais apertadinho tem os ajustes. Foi sempre meu sonho desde cedo independente das minhas três cirurgias,fraturar, parar, proteger ranking, ser suspensa, é um casco, um calo a mais que vou levar na minha vida para cada ponto e cada game e isso que me motiva a estar lá".

Caso não possa competir fora nos próximos meses, a paulista aguarda por grandes torneios no Brasil. A CBT vem acertando um circuito nacional que deve ter quatro etapas de R$ 80 mil e uma de R$ 150 mil: "Achei muito legal a iniciativa do Rafael Westrupp e da CBT querendo que a gente compita, entre as jogadoras e dando uma grana muito importante pra gente agora que estamos sem patrocínio, muito importante para mantermos a competitividade. Mas para ele (Rafa e a CBT) é até incerto pois fica à mercê das entidades ATP, ITF e WTA e governo das cidades pois abrem e fecham, então tudo muito incerto,super entendível estarmos nessa dúvida, mas nos últimos quatro meses nada do que ia dar certo aconteceu, então acho que isso é uma coisa normal. Vamos ver o que vai rolar dos torneios".

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