Em reportagem a agência de notícias australiana (AAP), reporta que a direção do Australian Open tem trabalhado com a possibilidade de seis diferentes cenários para a realização do primeiro Grand Slam da temporada 2021.
Dentre os possíveis cenários, estaria a realização do torneio sem a presença de público, nos moldes em que pretende operar o US Open 2020. Esta possibilidade tem sido aventada, porque a federação australiana (Tennis Australia) não vai mudar o Grand Slam de cede e o realizará em Melbourne, capital do estado da Vitória, que tem apresentado um crescendo número de infecções por COVID-19, sendo nas últimas 24 horas 66 casos novos. Desta forma, o estado tem 2.368 casos confirmados, com 20 mortes e 1904 casos de recuperados, dentro dos números da Austrália que são de 8.255 casos confirmados com 104 mortos e 7.319 pacientes recuperados.
Em entrevista à AAP, o diretor do torneio, Craig Tiley, falou sobre o planejamento: "Nada mudou para nós em termos de nosso planejamento. O ambiente ao nosso redor mudou e continuará a mudar, como vimos com o atual pico em Victoria".
Mesmo diante do cenário de incertezas e sem um contrato de seguros anti-pandemia para ser buscado em 2021, os organizadores do Australian Open estão positivos: "Estamos otimistas de que as medidas adicionais atualmente em vigor serão bem-sucedidas - e as restrições continuarão sendo atenuadas nos próximos meses", comentou Tiley.
Os organizadores do torneio australiano, também buscam acompanhar de perto os organizadores do US Open e Roland Garros 2020 para aprender com os protocolos e iniciativas, já que o primeiro será realizado sem público, e o segundo pretende receber cerca de 20 mil pessoas por dia, na primeira semana do torneio.
"O US Open e o French Open estão explorando testes obrigatórios, níveis variados de quarentena e comitivas limitados", disse Tiley. “É claro que estamos analisando todas essas opções e muito mais, como parte do nosso planejamento de cenários. É difícil prever exatamente o que precisará ser implementado, pois as diretrizes e os protocolos estão mudando semana a semana, e às vezes até dia a dia", finalizou.