Por Fabrizio Gallas - Em bate-papo com a imprensa via zoom na tarde desta segunda-feira sobre o bicampeonato de Roland Garros em 2000 que nesta quarta-feira completa 20 anos, Gustavo Kuerten entrou em temas políticos ao ser perguntado sobre o documentário Last Dance, de Michael Jordan.
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Se não tivesse público, não teria vencido nenhum Aberto da França
Sem citar diretamente o governo atual que vem sendo assolado por críticas durante a pandemia do coronavírus, Kuerten ponderou que o país não vive uma democracia e sim uma pseudodemocracia: "O próprio país vive um processo de formação da democracia que ainda nunca existiu, infelizmente. A gente pode considerar uma pseudodemocracia que, traduzindo, é votação direta, mas quando que a gente sentiu o povo mesmo no poder, ser defendido em todas suas instâncias, abraçado pelos nossos governantes, ou seja, um país muito melhor? Quando? Se olhar para trás aí, a gente estaria numa realidade completamente diferente", afirmou o tricampeão do Aberto da França.
"Que a gente tenha na saúde algo que esteja estruturalmente montado, pronto. No tênis, quando vai chegar o Guga ? Se vier tudo antes, saúde, segurança, educação. Se tiver isso antes, deixa o tênis para daqui a 50 anos, não tem problema. Um dia vai acontecer. Precisamos ainda dar mais valor a isso. Obviamente, na própria internet hoje é muito delicado porque cada situação, cada ponto, cada tentativa, ela tem hoje um turbilhão de informações e muita capacidade de isso virar invertido, mal dito."