Em Roma, os representantes da ATP e da Federação Italiana de Tênis (FIT) anunciaram o formato dos jogos e da disputa da segunda edição do ATP Finals Next Gen e sinalizaram como testes finais para mudanças no circuito profisisonal.
A segunda edição do ATP Finals Next Gen seguirá o formato da primeira edição com sets menores no chamado em melhor de cinco, em caso o placar alcance 4/4 entra o tiebreak até 3 iguais. Os jogos seguirão sem a regra da vantagem no 40-40 (quarenta iguais) e sem a aplicação da regra do 'let' (quando a bola toca na fita da rede e cai na área de saque e o serviço é repetido). Os treinadores poderão seguir orientando seus pupilos através da orientação via fone de ouvido e microfone. A regra de autorizar apenas uma chamada por tempo médico por jogo para cada tenista também será mantida.
Dentre as novidades está a implementação da linha eletrônica que ampliará a precisão do desafio eletrônico, Hawk-Eye e um relógio para cronometrar os 25 segundos do tempo de saque. Neste ano, o tempo de aquecimento dos atletas será reduzido de cinco para quatro minutos e os jogadores serão orientados a utilizarem um porta toalhas no fundo de quadra para tirar dos boleirinhos o trabalho de cuidar também das toalhas dos atletas. A torcida poderá se movimentar livremente pela arquibancada e dentro do estádio.
Na entrevista coletiva a ATP ainda confirmou a manutenção da parceria com a FIT e com o comitê olímpico local para a realização da competição.
Num saldo a edição 2017, os porta-vozes do torneio destacaram que as regras implantadas tornaram a disputa mais dinâmica, ressaltaram que 11 dos 14 jogos da chave foram definidos em tiebreaks e que diminuiu o tempo médio das partidas.
Chris Kermode, presidente da ATP analisou a última edição: “Este torneio deu exatamente o que procurávamos dar à nova geração em âmbito global. Se você pensar em termos de evolução deles, pense nos últimos classificados à competição: [Alexander] Zverev, [Hyeon] Chung, [Borna] Coric, [Denis] Shapovalov, e os outros, verá como progrediram. Este ano nomes como [Stefanos] Tsitsipas e [Frances] Tiafoe melhoraram muito e deve ser observados. Esses caras estarão no topo em alguns anos e estamos felizes que o torneio continue dando brilhos a nossas estrelas futuras".
"O tênis é um esporte de forte tradição, não há dúvida de que isso precisa ser preservado. Entretanto, este torneio nos permitiu observar algumas potenciais mudanças e temos recebido um retorno positivo das partes interessadas a respeito do torneio passado. Reconhecemos, no entanto, que precisamos de uma grande amostra para tirar conclusões efetivas, então o evento este ano dará continuidade e nos ajudará e observar essas mudanças, se sim, gostaríamos de incluí-las no circuito em 2019", completou Kermode.