Em entrevista ao blog espanhol Punto de Break, o alemão Tommy Haas, ex-número 2 do mundo, comentou sua carreira e revelou que por mais que sonhasse ser profissional desde os 7 anos de idade jamais se imaginou jogando aos 39 anos.
Haas lembrou que por ter tão claro que gostaria de ser profissional já aos sete anos de idade, seus pais o apoiaram e enviaram aos Estados Unidos para aprender e treinar.
"Minha estreia como profissional foi em 1996, em Indianápolis, quando tinha apenas 18 anos. Deram-me um convite e eu estava nas nuvens. Enfrentei na primeira rodada Dick Norman, o venci, Depois Renzo Furlan, venci. E aí Mark Woodforde, que também ganhei. Do nada, já estava nas quartas de finais onde enfrentaria Pete Sampras, a quem sempre vi desde que tinha 3 ou 14 anos. Era o número 1 do mundo e eu pensava no quanto aquilo era incrível. Estava super emocionado de jogar no circuito. Comecei a ganhar pontos, subir no ranking e naquele ano no US Open, enfrentei um dos meus ídolos, Michael Stitch. Perdi, mas era no tempo que já pensava que chegaria onde gostaria de chegar".
Haas lembrou dos Jogos Olímpicos de Sidney, na Austrália, para onde foi após encarar sua primeira de muitas lesões: "Não estava seguro de poder ir. Agora quando reflito, não sei nem se meu corpo estava preparado para ser atleta profissional ou se treinava de maneira equivocada. A coisa é que minha família e amigos me incentivaram a ir, sabendo que seria uma experiência única. saber que fui lá e ganhei uma medalha [Prata em simples] me faz feliz. Esse é um dos melhores troféus que se pode ter, mesmo que não dê pontos na ATP ou premiação financeira, tudo está centrado em fazer parte da história e tra tradição olímpica", revela.
Haas recordou de sua primeira lesão no ombro em 2001: "Quando vivia o melhor momento da minha carreira" e revela, que se lembrou de diversos atletas que se submeteram a mesma cirurgia e voltaram por pouco tempo: "Pensei que era o fim da minha carreira".
"Pensie que era o fim, mas com ambição, fé e um pouco de sorte, meu ombro aguentou e pude voltar em 2004, regressando ao top 20. Sentia que aquele era realmente o meu lugar", pontuou e seguiu explicando que o nascimento de sua primeira filha o motivou a seguir jogando.
Apesar de ter comentado que 2017 seria seu último ano como profissional, Haas não está 'totalmente' aposentado: "Nunca pensei que poderia seguir jogando até os 39 anos. O fato de não ter que treinar duro todas as semanas, seguir uma dieta específica ou me levantar ou ir dormir com hora determinada soa como uma vida nova pra mim. Continuarei jogando o máximo de tempo que possa porque me encanta entrar em quadra", finalizou.