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Conheça Davín, treinador que revolucionou carreiras e chega a equipe de Fonseca

Quarta, 19 de março 2025 às 15:41:48 AMT

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Tênis Profissional

Por Ariane Ferreira - O argentino Franco Davín, treinador de tênis argentino radicado em Miami, está atuando como consultor de Guilherme Teixeira jovem treinador brasileiro responsável pela profissionalização e ascensão de João Fonseca.



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Discreto e avesso à imprensa, Davín é um dos mais bem sucedidos treinadores de tênis, sendo o único sul-americano a vencer Grand Slams com diferentes jogadores, os argentinos Juan Martín del Potro [US Open 2009] e Gastón Gaudio [Roland Garros 2004].

Canhoto, nascido no distrito de Pehuajó, nas cercanias de Buenos Aires, Davin foi um tenista de sucesso, top 30 do ranking da ATP em 1990, venceu três títulos profissionais (St. Vicent, Palermo e Bucareste, este superando o croata Goran Ivanisevic na final) e foi vice-campeão em outros seis torneios. A carreira foi encerrada em 1997, aos 27 anos, após lutar com uma série de lesões, a derradeira no ombro esquerdo.

Como jogador, Franco Davin viveu um momento complicado, quando aos 17 anos percebeu como o circuito funcionava. Ele jogava contra o então oitavo do mundo, o ex-número 1, John McEnroe na primeira rodada do Masters de Roma em 1987, vencia por 6/3 2/1 e viu as luzes da quadra serem desligadas e o jogo interrompido. "Cortaram a energia de propósito, sim. Alguns anos depois Sergio Palmieri, que era o agente de McEnroe e tinha muita influência no torneio, me confirmou", relatou o treinador em entrevista ao jornal argentino La Nacion em 2019.

Após a aposentadoria discreta, Davin passou a dedicar-se aos estudos do esporte e ao ensino do tênis. Já no ano seguinte a sua aposentadoria, foi convidado a assumir a capitania da equipe argentina na Fed Cup e na Copa Davis, tendo trazido de volta a Argentina ao Grupo Mundial da Davis em 2001. O convívio como capitão deu a ele seu primeiro "pupilo", Guillermo Coria.

Um dos mais talentosos expoentes da sua geração, Coria iniciou o trabalho com Davin pouco após sua profissionalização em 2000 e seguiu até o final de 2002. Neste período, a dupla conquistou três títulos de ITF e quatro Challengers consecutivos ao fim de 2000. Em 2001, a dupla conquistou o primeiro ATP da carreira de Coria, Viña Del Mar, no Chile. Davin tirou Coria do posto 734º da ATP em janeiro de 2000 e o levou a 25º do mundo em maio de 2001.

 
Pouco após romper a parceria com Coria, Davin assumiu o difícil compromisso de treinar o não menos talentoso, porém ainda mais temperamental, Gastón Gaudio. O argentino, contemporâneo de Coria, era também um expoente do tênis sul-americano envolto de muita expectativa mundial. Quando Franco Davin chega à equipe de Gaudio, o tenista já possuía dois títulos ATP, era 22º da ATP, mas oscilava muito em quadra, principalmente do ponto de vista emocional. Juntos conquistaram o título de Roland Garros 2004, o primeiro título do país no tênis masculino na Era Aberta, o primeiro e único sul-americano a vencer no saibro parisiense após o tricampeonato de Gustavo Kuerten, o nosso Guga.

Mesmo tendo conquistado um dos mais esperados títulos para os fãs argentinos de tênis com Gaudio, Davín sempre manteve-se discreto e seguiu longe dos holofotes e em 2007 assumiu a equipe de um novo promissor argentino, Juan Martín del Potro, a quem levou ao mais alto posto de sua carreira, quatro do mundo e ao título do US Open em 2009.

As muitas lesões e idas e vindas de Delpo no circuito fez com que a parceria fosse rompida em julho de 2015 e três meses depois, Davín já trabalhava com o búlgaro Grigor Dimitrov, com quem permaneceu até o meio de 2016.

No início da temporada 2017, Davín começa a comandar a equipe do italiano Fabio Fognini. A dupla inicia os trabalhos sem nenhum anúncio oficial e Fognini apenas confirmou a parceria em fevereiro daquele ano quando disputava o Brasil Open: ""Escolhi Franco porque tem um grande currículo. Chegou onde chegou com [Juan Martín] Del Potro. Treinou muita gente boa", disse o italiano à época do Tênis News.


Franco Davin chegou ao comando da equipe de Fognini com o desafio de repetir sua melhor fase na carreira, que foi de estar como 13º do mundo em 2014 e realizar o sonho de ser top 10. O trabalho deu resultado, em julho de 2019 Fognini chegou a seu melhor ranking da carreira, 9º. Juntos viveram o melhor ano da carreira do italiano, 2018 com três títulos Brasil Open, Bastad e Los Cabos, além do vice-campeonato em Chengdu. No ano seguinte, o maior título da carreira do italiano, o Masters de Monte Carlo.

Após o trabalho com Fognini, Davín com o britânico Kyle Edmund (2020), o chileno Cristian Garín (2020-21), o americano Brandon Nakashima (2022-23) e levou a russa Veronika Kudermetova ao posto de 11º da WTA.

Créditos: Redes Sociais

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