Muller celebra final e brinca com retrospecto avassalador contra argentinos

Por Fabrizio Gallas - Algoz de João Fonseca, Alexandre Muller, 60º colocado, comemorou sua vaga na decisão do Rio Open onde buscará o maior título da carreira, diante do argentino Sebastian Baez.

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O tenista alcançou sua segunda final do ano onde foi campeão em Hong Kong: "Sabia que tinha feito uma grande pré-temporada, treinado com grandes jogadores em Dubai, grande trabalho, estou muito feliz em já estar em minha segunda final do ano", apontou o jogador que no torneio asiático sofreu uma lesão na perna e ainda lida com o problema: "Estava lutando com uma lesão na perna esquerda desde Hong Kong e que seria complicado jogar com dores logo a seguir, ainda sinto algumas dores, estou tentando ficar calmo e estar cuidadoso com meu corpo".

O tenista descreveu como vem crescendo no circuito e acreditando mais em si: "Tenho mais confiança agora, tive mais dificuldade no início de minha carreira, eu era um bom jogador, mas não tão bom. Contra rublev em Roma, Aliassime em Xangai, algumas vitórias que me fizeram acreditar que poderia fazer coisas bonitas no tênis".

O jogador entrou com um boné do Flamengo na coletiva de imprensa que recebeu de presente e apontou que vem tendo uma grande semana no Rio de Janeiro: "Recebi um presente, o boné é legal, eu pedi desculpas ao torneio depois da primeira rodada pois derrotei a super estrela e ninguém mais olhou meus jogos depois (risos), todo mundo olhando pelo João. Está sendo uma incrível semana no Rio , o torneio é fantástico, todo mundo muito legal comigo, estou curtindo muito o Rio".

São agora 15 vitórias e uma derrota para tenistas argentinos no circuito e Muller aponta que é uma vingança do futebol. Ele derrotou Francisco Comesana na semi e na final terá outro heermano, Sebastian Baez, 31º e atual campeão: "Não sei, fiquei chateado com a final da Copa do Mundo (2022), precisava mudar algo sobre isso, então está sendo pelo povo francês".

Abordando o assunto sério, o jogador descreveu como lida com a doença de Crohn, uma doença inflamatória intestinal crônica. Ele foi diagnosticado com a mesma aos 14 anos.

"O problema é que antes dos jogos é complicado até para fazer o aquecimento, preciso ir ao banheiro três ou quatro vezes, no 3 a 3 eu parei para ir ao banheiro, eu corri, parei para ir ao banheiro, depois quando acabei e estava no elástico eu parei para ir ao banheiro, é um pouco complicado antes do jogo. Tenho problemas para ficar hidratado durante os jogos, beber muita água ou energéticos, durante a partida, e depois dos jogos fico morto, fico sem água ou líquido no corpo, é o complicado sobre minha doença".