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Thomaz Koch revela conselho que deu para João Fonseca e aposta no sucesso dele

Quarta, 13 de novembro 2024 às 13:31:32 AMT

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Tênis Profissional

Por Fabrizio Gallas - O ex-tenista brasileiro Thomaz Koch conversou com o Tênis News durante o 38º Bordaza Shopping Seniors Internacional de Tênis de Porto Alegre. Ele contou sobre o quanto admira o jovem talento brasileiro João Fonseca.



Crédito: Green Filmes/CBT

"Sou muito fã dele. De vez em quando vou ao Itanhangá vou mais com o Vitinho que é do projeto Tênis na Lagoa, sou padrinho do projeto que está completando 20 anos agora. Vitinho veio do projeto, já jogou na Europa, na Espanha O João é muito simples, muito acessível e sabe do que ele quer. Eu dei um toque nele pois achava que precisava ir para a Universidade. Se passasse um ano na faculdade seria muito legal para ele", iniciou ele que disse em fevereiro deste ano também ao Tênis News que gostaria de ter tido a oportunidade e fazer a universidade através do esporte.

"O tênis é um esporte muito individual, então é muito difícil. Tu sente uma solidão. Não é saudável. Na universidade você tem o time, os caras torcendo por você, tem médico, fisioterapeuta. A competição é boa. Todo final de semana os caras estão jogando contra os melhores. São muito bons os caras. Até insinuei pra ele, mas ele não quer saber. Ele quer o profissional. Tudo bem", seguiu ele que foi campeão panamericano em Winnipeg em 1967.

"Eu tiro um pouco do John McEnroe. Com 17 anos ele saiu do qualifying de Wimbledon, chegou na semifinal . Ele era desconhecido. Celso Sacomandi, aqui de Bauru, ganhava dele. Ivan Lendl estava começando. Ele perdeu na semifinal do Connors que não queria saber do moleque, claro, se sentia ameaçado O Connors venceu os dois primeiros, McEnroe o terceiro, no quarto estava pau a pau e na virada de lado o Connors deu uma ombrada no McEnroe, o cara ficou chocado e perdeu rapidinho. Depois pessoal perguntando se ele iria jogar no profissional ele disse que não estava pronto foi pra Sacramento, fez um ano de universidade e acha que foi a melhor coisa que ele fez. Não precisa ficar quatro anos, mas vai um ano, você se sente acolhido pelo time", destacou  Koch que foi quadrifinalista em Roland Garros, Wimbledon e US Open.

"Fora isso é um negócio muito individual. Acho que seria muito bom para ele. Mas ao mesmo tempo o João Fonseca é um cara muito bem resolvido de cabeça , tem uma estrutura muito boa, a família dele é muito positiva . Acho que ele vai se dar bem", analisou ele diante de fato de João Fonseca ter optar por não disputar o circuito universitário nos Estados Unidos.

"Não sei o quanto ele vai se dar bem De repente pinta alguma encruzilhada. Ele tem bola pra ser um top 10, ganhar um Grand Slam. Eu acredito muito nele, acho ele um bom menino. Agora essas coisas são imprevisíveis, de repente o cara tá jogando e tal e machuca. Maria Esther no auge dela tem uma hepatite que a tira um ano do tênis e ela nunca mais foi a mesma de consistência. Chegou a jogar, ganhou da Margaret Court em Wimbledon. Antes disso não tinha pra ninguém, essa hepatite meio que derrubou ela . O tênis é meio que imprevisível", completou Koch.

"Eu gostava do Tiago Fernandes, achava muito bom, ganhou o juvenil do Australian Open aí teve lesão e sei lá. É imprevisível, mas o cara (Fonseca) está encaminhado...ainda é cedo pra ele, mas deixa dar uns dois anos que estará no top. Ele está aprendendo ainda , tem os golpes e tudo. Tem um negócio que é a quilometragem no tênis , ainda falta um pouco pra ele", finalizou.

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