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Ricardo Acioly comenta sobre escolha de calendário de João Fonseca

Terça, 12 de novembro 2024 às 17:46:26 AMT

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Tênis Profissional

O treinador brasileiro Ricado Acioly, reconhecido por grandes trabalhos no tênis incluindo ter sido responsável pela mudança de backhand de Fernando Meligeni no profissional, participou do podcast New Balls Please e analisou o circuito e João Fonseca.



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Acioly apontou ainda que grandes diferenças ente a geração anterior a atual no tênis é justamente a questão de haver mais recurso técnico hoje em dia, e especialmente de estatísticas que antigamente, porém, o treinador brasileiro também, vê a geração mais nova "inferior" a nível competitivo: "Hoje em dia, pelo que você vê no circuito, a crítica construtiva não é bem vinda. Você não pode ser direto com o jogador", alerta o ex-treinador de Meligeni que pontua: "A nível de competidor, os atletas de hoje são mais frágeis, por isso os três [Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic] dominaram tanto", pontua.

Ricardo Acioly ainda pontua que vê como muito difícil que alguém repita a hegemonia do Big 3: "Eu acho muito difícil, porque eles lideraram por quase 20 anos o circuito e isso requer muito mental e há pouca resiliência mental para poder ficar no circuito 30, 40 semanas dedicando o tempo inteiro e abdicando de tudo na vida. Eu acho difícil. Tênis a gente está vendo: o próprio [Carlos] Alcaraz, [Jannik] Sinner e até o próprio [Alexander] Zverev", disse ele destacando que não compreende o que falta ao alemão para vencer um título do Grand Slam.

Questionado sobre o João Fonseca, o treinador comentou: "Já dava para ver quando ele passou ali dos 14 para os 15 anos, que ele tinha uma pegada diferente. Quando ele começa a te resultados nos juniors [juvenil] e passa pela barreira mental de ir vencendo os melhores ali", iniciou constatando que a primeira vez que jogou o Rio Open o carioca teve "azar" com sorteio, por ainda "não estar pronto para jogar neste nível".

"O que ele fez nesse ano... não é fácil. Não é qualquer um que ganha do [Arthur] Fils e ele passou por cima e o francês falou: 'Caramba, esse menino jogar pra caramba'", destacou ele pontuando eu vê o desenvolvimento do jovem está no caminho certo.

Ao comentar a opção de calendário feita por João Fonseca, que optou por joga na Europa no piso duro e coberto em detrimento dos torneios da América do Sul no saibro: "Não existe certo ou errado", mas recordou um período em que era treinador de Meligeni: "Você já era 100 do mundo e estavam surgindo aquela geração com Nalbandián, Coria, Massu, Gonzalez acho que já estava despontando e eles utilizaram esses torneios aqui para entrarem no top 100 e não sairem mais".

"Mas tem o circuito europeu, que não é fácil. Qualquer caminho que ele tomar, está fazendo as coisas de forma consciente, sem cortar caminho e bem amparado", destacou apontando a boa estrutura de Fonseca e sua equipe.

"Nós nunca tivemos um brasileiro jogando neste nível, nessa idade, nós já tivemos bons  brasileiros, mas não com este perfil", destacou.

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