Marco Panichi, preparador físico que trabalhava com Novak Djokovic desde 2017, contou ao Tennis Majors como era o trabalho com o sérvio. Ele elogiou o maior campeão de todos, mas relatou estresse. Crédito: Francesca Micheli, Ubitennis
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O italiano de 59 anos, que atualmente trabalha com Juncheng Shang, foi demitido do cargo no final de abril e comentou a experiência: "Foi uma experiência incrível, uma viagem incrível. Aprendi muito nesses dias, como ser mais profissional e focar no que tínhamos que fazer. Aprendi a estar pronto para organizar os planos A, B e C se for preciso, com grandes atletas sempre tem muita coisa acontecendo, muita coisa acontece nos bastidores de cada cena, então você tem que estar sempre pronto para mudar os planos no último momento. Claro que o melhor que tenho é a relação que tenho com uma grande pessoa”, reconhece o treinador.
Sobre as peculiaridades do sérvio, ele disse: "Cada jogador é diferente, cada atleta tem suas necessidades e estilos de jogo diferentes, o bom desse case é que sempre consegui implementar a disciplina e o foco que o Novak precisava em todos os momentos. Vou contar aos futuros jogadores como o Novak faz as coisas, tenho certeza que isso será de grande ajuda para eles, principalmente para os jovens jogadores”, afirma o especialista.
“Com um jogador da estatura dele sempre há muito estresse, você tem que lidar não só com o jogador, mas com toda a organização. Um jogador como Novak é como uma indústria, é a maior fonte de estresse. Além disso, um jogador de elite como ele sempre incentiva você a fazer mais, mais e mais, mas faz parte do jogo. Sempre procurei criar um vínculo com o jogador, entendendo os canais de comunicação que aquela pessoa precisa em relação aos outros. Nosso trabalho não é só correr, pular e tudo mais, é preciso também conquistar a confiança deles, algo essencial para o relacionamento”, explica detalhadamente.
Sobre os momentos de estresse com discussões com o box, ele revelou: "Sempre soubemos que não era nada pessoal, sabíamos que às vezes ele precisa desses momentos para dar o seu melhor. Nós sabíamos como a mente dele funciona, sabíamos quando contar algo a ele ou quando não contar nada. Novak é aquele tipo de jogador que às vezes precisa tirar isso do sistema".