Por Gustavo Loio - Daniil Medvedev tem um tênis espetacular e não é de hoje. Em 2019, em sua primeira final de Grand Slam, ele saiu de 2 sets a 0 abaixo, e levou o jogo contra Rafael Nadal para o quinto set. Perdeu no detalhe.
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Mas, é como diz o refrão da música: ‘Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou’. Muita gente o apontava como azarão. E, neste domingo, em sua terceira final, o russo, aos 25 anos, enfim e com todos os méritos, ergueu o troféu.
Derrotado por triplo 6/4, Novak Djokovic, que buscava o recorde de 21 Slams e ser o primeiro desde 1969 a vencer os quatro torneios mais importantes na mesma temporada, não estava nos seus melhores dias. Na verdade, em quase toda a campanha, o número 1 do mundo saiu perdendo o primeiro set para virar o jogo. Nole venceu apenas uma partida por 3 a 0 neste ano: contra o holandês Tallon Griekspoor, 121º do planeta.
Desta vez, Medvedev, vice-líder do ranking, tratou de fechar qualquer porta poderia ser aberta a Nole. O russo sacou demais, encaixou winners a torto e a direito (38 ao todo) e ergueu um dos quatro troféus mais cobiçados do planeta.
O russo, que perdera para Djokovic, em janeiro, na Austrália, sua segunda decisão de Major, cedeu apenas um set em toda a campanha em Nova York. Sobrou na turma.
O novo campeão do US Open é o terceiro da Rússia a erguer um Slam, repetindo o feito de Yevgeny Kafelnikov (vencedor do AO de 1999 e de Roland Garros em 1996) e de Marat Safin (US Open de 2000 e AO de 2005).
Voltando à primeira final de Slam de Medvedev, em 2019 o russo chamava a atenção pelas provocações que fez à torcida no US Open. Com o passar dos anos, amadureceu, deixou de lado essas atitudes desnecessárias e evoluiu.
O número 2 do mundo não deu chances pra ninguém no US Open. Nem para o líder do ranking.
Gigante!
Sobre Gustavo Loio
Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.