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Ativistas do meio ambiente fazem série de protestos contra Federer na Suíça

Quinta, 24 de setembro 2020 às 08:35:30 AMT

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Nesta quarta-feira a frente do tribunal de justiça de Berna, na Suíça, foi tomada de manifestantes em prol do clima que conclamavam o ídolo local Roger Federer para "acordar" e cobrar do banco Credit Swiss ações efetivas contra o aquecimento Global.



O protesto de ontem foi apenas uma das etapas de um movimento que começou em 2018 encabeçado pelo coletivo Lausanne Climate Action. O grupo afirma que há anos vinha buscando através conversas e processos com e contra o banco uma mudança de postura da instituição financeira, e sem resultados mudou de tática e passou a tentar chamar atenção de Roger Federer e mesmo ironizar a parceria de mais de uma década do atleta com o banco.

Federer é o principal garoto propaganda da Credit Swiss dentro e fora da Suíça e por o principal personagem do protesto mais radical do Lausanne Climate Action, que em novembro de 2018 invadiu, em um grupo de 12 ativistas, a sede do banco na cidade de Lausanne e no hall da instituição simulou partidas de tênis (foto abaixo).

 

 

Esta ação rendeu ao grupo um processo judicial, levantado pelo Ministério Público suíço. Na primeira instância, ocorrida em janeiro deste ano no tribunal de Lausanne, os jovens ativistas foram inocentados. No entanto o processo seguiu e com ele, a busca por chamar a atenção do dono de 20 títulos do Grand Slam.

Com a vinda da pandemia da COVID-19 e a quarentena na Suíça, os ativistas passaram a enviar mensagens a Federer. Sem obter resposta do tenista, com o fim da pandemia e a proximidade do julgamento em segunda instância, o grupo organizou no último dia 17 de setembro uma série de protestos simultâneos nas principais cidades do país [dentre elas: Berna, Basileia, Zurique, Lausanne, Genebra, Friburgo e Neuchâtel].

Nestes protestos, os grupos carregavam redes de tênis com a mensagem: "Roger, acorde!" e muitos carregavam raquetes de tênis e até bolinhas (foto abaixo do protesto em Zurique. Créditos: Keystone/Alexandra Wey).

 

 

Na porta do tribunal, grupo grita por Roger Federer

De acordo com reportagem do site 24heures, o julgamento desta quarta-feira tratava da ação em segunda instância contra 12 jovens ativistas, a maioria estudantes universitários, em razão da ocupação da sede do banco em Lausanne em novembro de 2018.

O segundo julgamento aconteceu a pedido do Procurador Geral da República da Suíça, Eric Cottier, que não concordou com a decisão em primeira instância, que ocorreu sem presença da promotoria e também sem participação da defesa do banco.

Por esta razão, o grupo ocupou a frente do tribunal em um protesto mais silencioso, com a mensagem "Roger, acorde!", que chegou a ser gritada em alguns momentos, e para apoiar o grupo de processados.

Ainda de acordo com o 24heures, na sentença lida na manhã desta quinta-feira, no horário local, o juiz do caso "reconheceu amplamente a natureza do perigo representado pelo aquecimento global e que o perigo pode ser caracterizado como iminente. Porém os ativistas tinham outros meios para passar sua mensagem além da ocupação de um banco, ação que não teve impacto direto na luta contra o aquecimento global".

Após a decisão, porta-voz do grupo de manifestantes afirmou que não irá se render e buscará a última instância da justiça suíça, o Tribunal Federal, e se ali não forem absolvidos, irão ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

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